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Ejaculação bloqueada é um dos distúrbios ejaculatórios dentre os sete existentes – ejaculação retrógrada, ejaculação astênica, ejaculação dolorosa, ejaculação reflexa, anejaculação, ejaculação precoce e a bloqueada. Vou me ater à descrição sobre ejaculação bloqueada. Importante ressaltar aqui que orgasmo e ejaculação são fenômenos distintos que podem ocorrer de forma dissociada, ou seja, pode haver orgasmo sem ejaculação ou ejaculação sem orgasmo, pois possuem causas e mecanismos fisiológicos diferentes.

Ejaculação bloqueadapode ser também denominada, ejaculação retardada, ejaculação inibida ou incompetência ejaculatória. Caracteriza-se por uma ejaculação muito lenta e demorada. Segundo Dr. Ricardo Cavalcanti ela “é a antítese da ejaculação precoce”, inclusive com relação ao tratamento. Enquanto na ejaculação prematura ocorre uma total falta de controle ejaculatório, na ejaculação retardada ocorre o oposto, um excesso de autocontrole – o hipercontrole.

Um fato interessante para se chamar atenção, é que indivíduos que possuem tal disfunção são incapazes de ejacular dentro da vagina, embora se consiga com a prática masturbatória. Apesar de não ter relação alguma com o distúrbio eretivo, o grau de ansiedade e pressão vivenciadas pelo indivíduo a respeito de seu desempenho sexual, pode levar a uma disfunção erétil.

De acordo com Master e Johnson, 3,33% da população masculina possui distúrbio de ejaculação bloqueada, portanto é um tanto rara. Mas há autores que a consideram frequentes em se tratando das formas mais brandas dessa disfunção. Para Master e Johnson as formas mais frequentes são do tipo primário, ou seja que sempre existiu. Com relação a forma secundária, pode ocorrer quando se trata de homossexualismo associado – quando o indivíduo manifestar essa disfunção no contato com uma mulher, mas ser totalmente funcional com indivíduo do mesmo sexo. Em casos de menor gravidade o homem pode não conseguir ejacular dentro da vagina, mas consegue obtê-la com a estimulação da parceira manualmente ou através do sexo oral. Mas em casos de maior gravidade, o parceiro não consegue ejacular nem na presença da parceira, mesmo que ele esteja altamente excitado.

As causas da ejaculação bloqueada podem ser determinadas por fatores orgânicos,por exemplo, o uso de medicamentos antidepressivos, ansiolíticos e barbitúricos; o uso de drogas como o álcool, a maconha e a cocaína; procedimentos cirúrgicos que afetam o sistema nervoso autônomo, como lesões da medula ou amputações do colo ou do reto; ou então algum processo congênito. Mas as causas psicológicas são as de maior incidência. Há quem diga que o homem com tal distúrbio, possua uma “expressão narcísica do egoísmo. (Cavalcanti e Cavalcanti). Mas parece que uma das maiores e mais frequentes causas seja uma educação muito rígida e castradora, educação religiosa punitiva, a homossexualidade e até o medo de engravidar a mulher.Podemos considerar também a hostilidade e rejeição pelo parceiro, principalmente depois de uma experiência traumática - como uma traição por exemplo. Finalmente,a dificuldade de vivenciar uma vida conjugal, o medo de se entregar afetiva e sexualmente.

Seja qual for o caso mais ou menos grave há sempre a possibilidade de tratamento. O importante é fazer uma avaliação adequada observando todas as variáveis em relação a história de vida do paciente, questões religiosas e crenças a respeito de sua sexualidade para que se possa fazer uso da técnica mais apropriada para cada caso.

É bom ressaltar o quanto é importante promover o esclarecimento e apoio ao casal a respeito do problema e, sobretudo, conscientizar ambos que não há pressa e que a colaboração e participação da mulher são cruciais para o sucesso do tratamento, embora não ocorra sucesso no tratamento em todos os casos.

Quero agradecer mais uma vez a todos vocês que me acompanham nessa jornada semanal.

Obrigada.

Até a próxima.

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