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Quero mostrar aqui que embora a vida a dois seja sim muito difícil, isto não significa que seja ruim. Nem tudo que é difícil é ruim e nem tudo que é fácil é bom. Mas é preciso que se entenda, sempre haverá uma solução para aquilo que a gente crê que não há. Só pra morte não tem solução.

Pesquisas recentes sobre controle do comportamento humano revelam que há um tipo de pessoa que possui uma percepção de que as coisas acontecem por interferência de algo externo, de entidades divinas, coisas do destino que controlam as circunstâncias da vida dela; e há outro tipo de pessoa que crê que os acontecimentos existem por causa dela própria, a partir de seu esforço e capacidade. Mas o que há de interessante nisto? Em uma pesquisa com 90 homens e 116 mulheres casados, há pelo menos três anos, que para os que possuíam as características do segundo tipo eram mais satisfeitos no casamento. Porque as pessoas com aquelas características se empenham mais em resolver os problemas conjugais e isso já induz a uma satisfação conjugal. Quando os dois possuem dentro de si a certeza de que eles são responsáveis pelos acontecimentos sejam bons ou ruins em um casamento tem um domínio maior sobre si mesmas e portanto a garantia da solução, pois não estão reclamando ou lamentando o que não existe ou já existiu. Esse casal é mais satisfeito com seu casamento. As pessoas do segundo tipo tendem a ser mais otimistas por assumirem a responsabilidade da qualidade do seu casamento, favorecendo a qualidade da comunicação e, consequentemente, na satisfação e bem-estar conjugal. Obviamente levando em conta o empenho e iniciativa de cada um frente a seu relacionamento. No caso do primeiro qualquer transformação é complicada já que não há o reconhecimento da responsabilidade dos acontecimentos atribuídos ao casal mas sim às circunstâncias, exemplo. O primeiro passo para a mudança é o reconhecimento e autoconsciência.

Mas de fato, independentemente do tipo de pessoa que você seja, sempre é possível melhorar e atingir os objetivos e sonhos que se quer, mas para isso é importante desenvolver algumas habilidades sociais. Ser habilidoso socialmente é conseguir expressar para outra pessoa seus desejos, sentimentos, pensamentos, necessidades e atitudes de forma adequada e coerente com o momento existencial e que sejam capazes de solucionar problemas, prevenindo que ocorra novamente. Quero chamar a atenção para algumas habilidades que poderíamos desenvolver. A habilidade de sermos empáticos, por exemplo. Já escrevi sobre isso antes. Ah, se todas as pessoas parassem pelo menos uma vez na semana para se colocar no lugar do outro!! Única maneira de você entender o que o outro está sentindo, ou pensando. Observar o mundo através da percepção de outra pessoa. Sair um pouco de si mesmo e entrar no campo energético do outro. Outra habilidade é o autocontrole. Por exemplo, saber se acalmar, saber reconhecer seu estado emocional e o do outro verdadeiramente, sem fingimento ou interpretações. Outra é ouvir com empatia, com paciência, com abertura e sem estar na defensiva. Finalmente, comunicar-se com clareza e honestidade sobre sentimentos e necessidades e valorizar o sentimento de quem está ao seu lado.

Claro que eu poderia citar muito mais, mas estas já vão dar trabalho para serem praticadas, afinal não tem nada fácil. Para mudar é preciso se esforçar, sair da zona de conforto. Tão comum ver pessoas reclamando da vida e quando surge uma oportunidade de mudança recuam e nem tentam. Preferem se manter no mesmo lugar, mais seguro e conhecido. Mudança requer novas responsabilidades. Quem quer mais responsabilidades?

Há muitos casos de separação conjugal ou procura por ajuda psicoterapêutica devido a dificuldade tanto de um quanto de ambos com relação a estas habilidade interpessoais descritas acima. Razões fizeram com que tais pessoas não conseguissem se comunicar de forma assertiva, expressando sentimentos positivos, desejos, elogios, dizer o que se quer, principalmente o “não” e escutando de forma adequada e empática. Mas ao contrário, muitas se tornam críticas, amargas, inflexíveis e arrogantes, bloqueando todas as possibilidades de encarar os problemas de forma realista, tolerante e enriquecedora.

Outra queixa muito frequente que leva os casais a consultórios psicológicos está relacionada a comunicação pobre, quase ausente. Além disso é considerado pelos profissionais um dos problemas mais nocivos para o casal. As pesquisas sobre comunicação e casamento mostram o quanto a comunicação influencia o ajustamento e adequação conjugal. O quanto é importante a compreensão e o diálogo para o sucesso do casamento.

Comunicar-se plenamente em uma relação leva em conta um sentimento genuíno de confiança e segurança em expor algo ou ouvir algo de forma recíproca, envolve uma aceitação incondicional de ambos. As pessoas querem ser amadas, querem ser aceitas e compreendidas. Sendo assim vamos oferecer isto para nosso parceiro ou parceira. Afinal, não é dando que se recebe? Tem uma frase do Gandhi que é linda: “seja a mudança que você quer ver no mundo”. Comece com você a mudança do que está a sua volta.

Obrigada.

Até a próxima.

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