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Parece que o amor, paixão, sexo, casamento são temas inesgotáveis principalmente hoje em dia em que certos aspectos da modernidade parecem dificultar ainda mais a estabilidade da vida a dois. Para se ter filhos não é mais necessário o casamento e nem este é mais um vínculo divino como já foi um dia. Aliás, o casamento, em muitos casos, representa um vínculo repressivo e insatisfatório. Mas para àqueles que tal vínculo não há representatividade repressiva o casamento ou a vida conjugal enseja na possibilidade única de felicidade. Não são poucas as pessoas que vivem mergulhadas em uma crença de que viver só é triste e solitário. No passado um grande motivador do casamento eram fatores econômicos e familiares. Parece que o amor como elemento motivador é mais recente. Embora algumas pesquisas mostrem que os jovens busquem a concretização do amor através do casamento muitos deles, ao realizarem seus desejos, se separam. Muitos deles, frustrados e traumatizados descrentes de uma nova possibilidade; e outros, depois da tempestade do término, renovam suas expectativas de ainda poderem viver ou encontrar seu grande amor. Mas o que é um grande amor?

Imagine o seguinte caso: Uma jovem de seus vinte e poucos anos que acabou de ser abandonada pelo noivo. Durante mais de mês sofreu com a separação, chorando quase todos os dias com aquela sensação de que a vida acabou e que nunca mais vai gostar de homem nenhum. Afinal, aquele era o homem da sua vida. Um dia uma amiga a convidou para uma festa de aniversário de um amigo que há muito tempo não a via. Em determinado momento da festa ela percebeu que estava sendo paquerada por um rapaz interessante e que chamou sua atenção. Não demorou muito estavam embalados em uma conversa animada. Passaram a noite conversando até que resolveram dar uma escapulida e acabaram ficando juntos aquela noite. No dia seguinte, ela acordou nas nuvens com aquela sensação de euforia, aquela vontade de contar pra todos que estava apaixonada. Eles fizeram planos e mais planos, o ex parecia nunca ter existido. Todos os programas estavam juntos pareciam carrapatos. Após seis meses intensos e com muitos planos ele precisou viajar pra fora do pais para terminar seu doutorado.

A despedida no aeroporto foi emocionante. Lágrimas, promessas e declarações de um amor único e infinito. As primeiras semanas foram solitárias, nada de programas ou amigos, pois só queria curtir aquela saudade falando via Skype com seu grande amor. Apesar da saudade ela estava tão feliz por ter encontrado seu amor que ela resolveu dar uma curtida na praia. Em determinado momento ela foi entrar um pouco no mar e lá ela se esbarrou em um rapaz que se encantou com seu belo sorriso. Com todo galanteio e personalidade fácil e instigante começaram a conversar. Passaram a tarde juntos e, ao irem embora, decidiram se encontrar mais tarde para um jantar. Mas foi um encontro tão delicioso, o rapaz e ela tiveram um papo tão diferente e agradável que ela acabou se entregando. No dia seguinte ela falou de como havia gostado dele mas que estava firme com outro alguém. Algo a fez pensar que talvez este rapaz de agora poderia ser o grande amor de sua vida e talvez ela tenha se enganado com o que tinha viajado. Combinaram os dois de inventarem uma estória e interromper o relacionamento anterior.

Não dei nomes aos personagens porque esta é a história de muitos, de tantas pessoas homens e mulheres que estão nesse ciclo de “ama e desama”. A ânsia em encontrar um amor faz com que alguns homens e mulheres o procurem no lugar errado. Casar-se com a crença de que não pode viver sem um amor pode fazer do casamento algo amargo de se vivenciar, devido ao tamanho das expectativas que o amor romântico é sua inconsistência produzem. A falta de percepção da vida real no convívio com outro se expressa na ilusão de que o amor é um sonho. Mas existem sonhos bons e ruins e o fato de ser ruim não significa que seja mal.

Quem disse que a vida a dois é fácil? É como se a pessoa embarcasse em uma viagem fantasiosa onde o príncipe fatalmente virará sapo, não o contrário. Quantas mulheres se submetem a viver abusos e afrontas em nome do que elas acham que é o amor. É necessário entendermos que quando se procura amizade, companheirismo e solidariedade no amor é imprescindível a percepção real do que a outra pessoa deseja e, principalmente, de quem ela é verdadeiramente. Desta forma seremos capazes de dar novos significados ao amor.

Até a próxima.

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