Teixeira de Freitas: A redação do Liberdadenews vem recebendo constantemente diversas ligações, e-mails, mensagens via “WhatsApp”, entre outros, de familiares, amigos e até mesmo de pessoas que não têm nenhuma ligação com as vítimas, mas que cobram soluções. O contato dessas pessoas com nossa redação têm sido feito no intuito de pedir ajuda, explicações, informações e cobrar respostas acerca de alguns homicídios recentes em nossa cidade e que até o momento não foram solucionados.

Os homicídios mais citados são do jovem bacharel em direito, Tálice Bruno Camargo; dos professores municipais, Cleude Alves Pereira e José Jorge do Nascimento “o Professor Jota” e do funcionário da UNIMED, Andro Silva Guimarães. Nenhum desses crimes completou um ano ainda e dois deles ocorreram em janeiro e fevereiro deste ano. Mas, até agora nenhum foi resolvido. Pessoas de bem, trabalhadores e educadores, que perderam suas vidas e até hoje nenhum avanço nas investigações.
 
Uma senhora, que não quis se identificar, ligou para nossa equipe e disse: “eu não sou investigadora de polícia, nem entendo muito disso, mas, creio que não é preciso ser um expert para saber que há diferença na investigação dos crimes praticados contra pessoas que tenham uma vida pregressa ligada a criminalidade e outras que nunca tiveram envolvimento com o crime. Não que os primeiros não devam ser investigados, mas, quem não tem vida ligada ao crime, deve ser mais fácil de montar uma lista de suspeitos”.
 
Embora não haja nenhuma fundamentação teórica nesse pensamento, faz sentido. Pois, para a polícia, deve ser, em tese, bem mais fácil buscar as recentes desavenças das vítimas, levantar possíveis ameaças, listar os possíveis suspeitos. Enquanto os homicídios praticados contra pessoas ligadas ao crime são carregados de maiores dificuldades, pois já se tratam de vítimas que possuem diversos inimigos, e que vivem e agem de forma oculta, os quais até mesmo os familiares sabem pouco sobre o que fazem e com quem andam.
 
Na verdade não há fórmulas prontas, mas, o que se percebe é que há muita morosidade nas investigações dos crimes ocorridos na cidade. A polícia reclama da falta de estrutura e de logística, inclusive da falta de efetivo. Mas, a sociedade, familiares, amigos, clamam por um resultado, por uma solução. Tantas mortes refletem a impunidade e promovem o aumento dos crimes. Em relação a tais cobranças, não podemos nos omitir, nos calar. Esse também é o papel da imprensa, cobrar das autoridades respostas, e assim estamos fazendo.
 
Nossa equipe de reportagem aproveita o momento também para elogiar o excelente trabalho das forças de segurança da nossa cidade, do Ministério Público e do Judiciário, que em ação conjunta, deflagrou a Operação Aquila, no fim do mês de maio, que desmontou uma quadrilha acusada de diversos homicídios ligados ao tráfico de drogas, a qual grande parte dos criminosos davam ordens de assassinatos de dentro do CPTF. Alguns presidiários foram transferidos para o presidio de Segurança Máxima de Serrinha.
 
Essa ação refletiu fortemente nos números de crimes em nossa cidade, com um número extremamente baixo de homicídios e tentativas até o presente momento. Nossa equipe de reportagem contabilizou um homicídio e quatro tentativas, contando com a dupla tentativa de homicídio ocorrida nesta noite de domingo (21). Uma ótima notícia para a população que estava assustada com tanto derramamento de sangue. Espera-se que esse trabalho de combate ao crime continue, e avance ainda mais, por exemplo, dando respostas aos homicídios aqui citados, dentre outros que continuam sem solução.
 
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