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O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, no Paraná, indeferiu, na manhã desta segunda-feira (28), 41 perguntas feitas por escrito pelo ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a Michel Temer. Temer é testemunha de defesa de Cunha. Entre as perguntas, há questionamentos se Temer recebeu Jorge Zelada, ex-diretor da Petrobras envolvido em corrupção, em sua própria residência, em São Paulo, e se teve conhecimento de reunião de fornecedores da Petrobras também em seu próprio escritório, em São Paulo, "com vistas à doação de campanha para as eleições de 2010".

Segundo a coluna Mônica Bergamo, outra pergunta é qual é a relação do presidente com José Yunes, um dos melhores amigos de Temer, e se ele "recebeu alguma contribuição de campanha" para alguma eleição de 2014. Caso a resposta seja positiva, diz Cunha, "as contribuições foram realizadas de forma oficial ou não declarada?". O ex-deputado ainda pergunta se Temer indicou o nome de Wellington Moreira Franco para a vice-presidência do Fundo de Governo e Loterias da Caixa Econômica Federal. Para Moro, a defesa de Cunha tenta investigar Michel Temer e rejeitou as questões.

No despacho, afirmou que nenhuma denúncia pesa contra o presidente da República e que, se isso ocorresse, elas deveriam ser investigadas no Supremo Tribunal Federal (STF), e não em Curitiba, já que Temer tem foro privilegiado.