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Os funcionários da fábrica do grupo Tigre em Camaçari, na região metropolitana de Salvador, pararam as atividades e fazem um protesto, na manhã desta terça-feira (29), em frente à sede da empresa, contra o fechamento da unidade. O grupo Tigre anunciou que começou o processo de encerramento das atividades da fábrica na segunda-feira (28) e deve finalizar em fevereiro de 2017.

A empresa disse que a decisão foi tomada "após extensa análise de alternativas para garantir a competitividade das operações da companhia no país e assegurar a produtividade fabril com o melhor aproveitamento da capacidade das demais unidades existentes no Brasil". A empresa informou que 261 funcionários devem ser demitidos com o fechamento da unidade.

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Química, Petroquímica, Plástica, Farmacêutica do Estado da Bahia (Sindiquímica), que representa os trabalhadores da unidade, estima ainda que serão afetados 900 indiretos com o fechamento da fábrica.

O diretor da Sindiquímica, Dilson Vasconcelos, disse que a empresa tem boa produção e vendas na unidade, o que não justificariam o fechamento. "Eles anunciaram que a empresa iria fechar no dia 2 de janeiro e que ia demitir todo mundo. A gente tentou manter logística aqui e não quiseram. A produção está alta e está vendendo bem", defende.

Em nota, a Tigre afirma que adota medidas para assegurar a sustentabilidade e a perenidade do negócio. A empresa ainda diz que trabalha com "todas as alternativas viáveis para minimizar os impactos decorrentes" do fechamento da unidade, com a criação de um núcleo de apoio para auxiliar os funcionários no retorno ao mercado de trabalho, com capacitação e qualificação profissional; priorização dos profissionais de Camaçari em vagas de trabalho abertas em outras unidades da Tigre; e parceria com instituições de apoio técnico e financeiro para empreendedores.