Teixeira de Freitas: Na tarde desta quinta-feira, 26 de agosto, a Reportagem do Liberdade News conversou com o delegado da Polícia Civil da cidade do Prado, Kleber Gonçalves, responsável pelo inquérito policial da morte de Erika Rodrigues Batista, de 18 anos, (Estuprada e assassinada por asfixia (esganadura) na Praia de Cumuraxatiba no município do Prado, fato ocorrido no último dia 22 de agosto).
O delegado Kleber Gonçalves disse que foi uma fatalidade o que aconteceu com essa menina. "Nós registramos nesse inquérito estupro seguido de morte. Já ouvimos algumas pessoas, principalmente aquelas que estavam presentes naquele final de semana. Eram 03 (três) casais, a Erika com o namorado e mais 02 (dois) casais. A princípio, já tínhamos 10 (dez) linhas de investigação, e conseguimos reduzir para 04 (quatro) essas linhas. Acredito que até ao próximo final de semana, ou no máximo a semana que vem, a gente consiga reduzir ainda mais, ou seja, vamos avançando nas investigações."
"Já temos alguns indícios, algumas situações que nos levam a crer em possíveis autores e nós vamos desenvolver isso um pouco mais. Além das oitivas, nós fizemos outras buscas, tentamos buscar câmeras de segurança, mas, infelizmente no local onde eles estavam acampados era a ermo, não tinha nenhum tipo de câmera de segurança. Então, não foi possível encontrar imagens, para que a gente pudesse corroborar com tudo aquilo que eles disseram", explicou o delegado.
"Algumas medidas cautelares já foram tomadas e requeridas. Nós estamos aguardando algumas autorizações para que a gente possa desenvolver também essas medidas. Vamos aos poucos, como eu disse, chegando, usando algumas pecinhas, algumas informações vem chegando. Às vezes uma pequena informação parece que não é nada, mas, para a gente que está trabalhando, junta uma peça aqui, outra ali e vai chegando ao objetivo", acrescentou.
Estamos analisando cada peça do quebra-cabeça, desenvolvendo aos pouco, para que a gente possa chegar realmente a autoria dessa situação tão escabrosa como aconteceu. Quero dizer que, eu não posso dá tempo. Temos legalmente 30 (trinta) dias para concluir o inquérito, mas, não sei se vamos conseguir nesse prazo. Trinta dias ou pode ser até antes, mas, eu não vou colocar prazo aqui. As informações às vezes chegam um pouco truncadas e a gente tem que avaliar cada uma. As vezes nem é uma informação, é um 'ouvir dizer'. É uma fofoca".
"Cabe a nós, dar aquela filtrada, sabendo realmente o que é verdade, o que não é, se corrobora o que a gente já está investigando ou não. Então, eu pessoalmente, não posso dar prazo, vamos sim, tentar concluir dentro do prazo legal, que é aquilo que a gente mais deseja: dentro de 30 dias ter autoria definida desse crime".
E o delegado continuou: "Em relação ao laudo pericial (escrito), ainda não tive acesso, mas já tive um contato direto com o perito, e ele confirmou a morte por estrangulamento, e confirmou o abuso sexual, por isso que não estamos tratando mais como homicídio, e sim como estupro com resultado morte. Houve a morte sim, mas, não é simplesmente homicídio, é isso que quero que vocês entendam, são situações, tipos penais diferentes, que vão levar ao um crime bárbaro com foi esse. Tipificação diferenciada, e não é feminicidio como alguns tentam colocar por aí, a não ser que alguém saiba que o namorado matou, aí vou dizer que é feminicidio, só nessa hipótese".
Por enquanto nós não temos confirmação de feminicidio, o que nós temos comprovado é um caso de estupro, com resultado morte. Se lá na frente nós tivermos outra situação, outro resultado, a gente pode até relatar de forma adversa como tipificação diversa também", finalizou.
Por: Lenio Cidreira/Liberdadenews
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