Informações iniciais deram conta que o rapaz estava dançando na festa da banda Chiclete com Banana, na companhia da namorada e de amigos, quando teria esbarrado em um jovem franzino e desconhecido, tendo havido o pedido de desculpas e troca de ofensas. Mas o desconhecido não teria lhe perdoado, tendo saído do local dizendo que lhe pegaria lá fora. A vítima não teria levado a sério e tão logo terminou o show, teria embarcado a namorada em um táxi na porta do Parque, e permanecido no local na companhia de dois amigos, quando teria sido atacado pelo dito rapaz que havia lhe jurado 2 horas antes, com um golpe no pescoço que lhe provocou o corte de uma veia sanguínea importante “veia aorta”, causando a sua morte por anemia aguda, 60 minutos depois de ter sido ferido quando seria submetido a uma cirurgia no Hospital Municipal.
O autor do crime foi identificado pela Polícia Civil e intimado, já que não havia sido encontrado. Mas Edmo José Vital Junior, 18 anos, na companhia do seu advogado se apresentou ao delegado titular Chalton Fraga, uma semana depois do delito e disse que realmente estava no show, mas negou a autoria do crime. Entretanto, a Polícia Civil teve acesso ao vídeo de circuito externo da Pizzaria e Restaurante Lofty, que mostra claramente o momento que ocorreu a provocação do crime.
Às 03h23 da madrugada daquela segunda-feira, 21 de novembro, as imagens do vídeo mostram o homicida saindo do portão da festa caminhando com o braço no pescoço da namorada e com a outra mão segurando algo, tipo um celular ou uma latinha de cerveja. A vítima Leonardo Aragão Rodrigues, “Léo”, 18 anos, está encostado num Fiat/Uno Branco na companhia dos amigos Delvanir de Jesus Souza, 22 anos, e Robson Nogueira Novais, 24 anos. E quando eles avistam o autor vindo com a namorada, eles desencostam do carro e tipo, caminham para o meio da Rua, fazendo um cerco ao autor.
Edmo passa com a namorada pelos três, e tipo, não responde algo que eles teriam dito. Mas “Léo”, já pela lateral, provoca e dá uma tapa contra a mão de Edmo e o objeto que segurava na mão cai ao chão. Edmo neste momento tira o braço do ombro da namorada, se agacha lentamente para pegar o objeto, como o “celular” ou “latinha de cerveja” que havia sido derrubado com a tapa desferido pela vítima. E quando Edmo pega no objeto, com o rosto próximo ao chão, “Léo” desfere um violento chute no rosto de Edmo, enquanto seus dois amigos lhe davam apenas cobertura, assistindo tudo sem interferir.
Após o chute, a namorada do rapaz agredido, foge da cena, e Edmo reage partindo repentinamente para cima dos três agressores que se afastam de costas. A partir daí não se dá mais para ver a cena, porque os envolvidos saem do campo de filmagem da câmera do restaurante. E nesta terça-feira (07/12), o autor do delito Edmo José Vital Junior, 18 anos, que é filho de um policial militar da cidade, se apresentou com seu advogado pela segunda vez ao delegado Chalton Fraga e confessou a autoria do crime, dizendo que matou em extrema legitima defesa, fazendo uso de um caco de vidro que encontrou entre o paralelepípedo e a grama do canteiro da avenida tão logo foi atacado pelo trio, especialmente por “Léo”, e disse também, que o objeto que carregava na mão e que foi derrubado pelo soco da sua vítima (mostrado no vídeo) era o seu aparelho de celular, ele ainda não quis identificar a moça que lhe acompanhava (testemunha dos fatos), como forma de protegê-la.
O delegado titular da Polícia Civil em Teixeira de Freitas, Chalton Fraga e também coordenador regional em exercício, deve concluir o inquérito policial do caso em no máximo 15 dias, tão logo receber o laudo médico legal concluso do Departamento de Polícia Técnica, quando decidirá a tipificação em que irá enquadrar Edmo Vital. Como se apresentou espontaneamente para esclarecer o crime, o jovem vai permanecer em liberdade até posterior deliberação da justiça ou até o julgamento.
Por Athylla Borborema