A "turbinada" que o Avante tem recebido com a chegada do novo presidente da legenda, ex-deputado Ronaldo Carletto, já começa a movimentar os bastidores da base governista pensando em 2026. Alguns ajustes podem resultar na ocupação das vagas da majoritária no próximo pleito.

Suplente de Cacá Leão em 2022, o cenário não estaria descartado para Carletto novamente, em 2026. Interlocutores do grupo apontaram ao Bahia Notícias que uma saída para a disputa, que deve ser aquecida em 2026, para a composição da chapa majoritária governista, seria Carletto ser suplente novamente. O movimento é visto de forma positiva, pois um fator pesaria: a presença de petistas no governo federal.

A avaliação seria que, como em 2022, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria força para mais uma eleição, o que proporcionaria, mais uma vez, a presença de diversos baianos na gestão. Com alguns cenários sendo aventados, incluindo a disputa pelas vagas ao Senado, um dos nomes poderia "subir" para o governo, possibilitando Carletto assumir. Outra saída para o Avante seria, com o embate para o Senado, a vaga de vice "sobre".

O principal concorrente do Avante seria o PSD, de acordo com lideranças da legenda. O "jogo" ficaria entre saber onde o partido do senador Otto Alencar colocaria o desejo para disputar as eleições de 2026. Apesar disso, o Avante já teria em mente que terá que performar nas eleições de 2024. A ideia é reeditar a disputa que o PP fez em 2020 com o PSD.

A demonstração de força do partido já começou a ser feita com a filiação de diversos prefeitos, inclusive desfalcando o antigo partido de Carletto, o PP. A "onda de filiação" de prefeitos também segue "sangrando" muitas legendas, incluindo partido de oposição ao governo Jerônimo Rodrigues. "Final das eleições de 2024 teremos até 100 prefeitos no Avante", indicou uma liderança ligada a Carletto.

Outro ponto que demonstra força é o "novo bloco" de estaduais na AL-BA, que, comandado por Carletto, promoveria o ex-deputado em um eventual embate sobre o espaço. A bancada "informal" é composta por Vitor Azevedo (PL), Raimundinho da JR (PL), Luciano Araújo (Solidariedade), Binho Galinha (Patriota), Laerte do Vando (Podemos), Patrick Lopes (Avante), além da dupla do PP, Nelson Leal e Felipe Duarte. "[O grupo] decide uma eleição na AL-BA", indicou outro interlocutor.

Fonte: Bahianoticias