Teixeira de Freitas: Após reunião com o Governo na quinta-feira (06), os professores das Universidades Estaduais da Bahia decidiram encerrar a greve que já durava 86 dias. A paralisação foi iniciada no dia 13 de maio. De acordo com os professores, o Governo do Estado assinou o acordo proposto pelos docentes.
As assembléias gerais dos professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) autorizaram os representantes das Associações Docentes a assinar o termo de acordo, informou o sindicato dos professores.
“Depois de 03 meses parados, sei que vai ser uma loucura, tudo vai ser mais puxado, perdemos praticamente todo o primeiro semestre e o começo do segundo, não sei como vai ser daqui para frente, estou ansiosa para continuar o curso que sempre sonhei em fazer”, declarou a aluna do primeiro semestre de Histórias, Samanta Vercelini.
Nesta segunda-feira (10), as atividades se normalizam. “Vamos fazer uma assembleia para avaliação do movimento e para avaliar o calendário. Conseguimos todos os direitos trabalhistas, como promoção para os professores, devolução do orçamento da universidade cortado em janeiro e conseguimos garantir orçamento para 2015", disse Carolina Maia, diretora da Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb).
A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) foi a única que retornou às atividades ainda na última sexta-feira — um dia após a assinatura do acordo entre o Governo do Estado e o Fórum das Associações dos Docentes das Universidades Estaduais (ADs), que pôs fim a greve dos professores.
No acordo, o governo se comprometeu a enviar projeto de lei à Assembleia Legislativa, revogando a Lei 7.176/97 que, segundo os professores, interfere na autonomia da gestão universitária. Em 60 dias serão implementadas as promoções, progressões e mudanças nos regimes de trabalho.
Também não haverá cortes no orçamento este ano. Segundo o Estado, houve um aumento de 10,3% em relação ao orçamento do ano passado, totalizando R$ 1,1 bilhão.
Ficou acordado também que o governo baiano vai disponibilizar 252 vagas a serem remanejadas entre as classes, viabilizando volume maior de promoções para os docentes. Já a Universidade Federal da Bahia (Ufba) permanece em greve. A paralisação completa 71 dias hoje.
Por: Mirian Ferreira/Liberdadenews