Segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), aproximadamente 5,8 milhões são estudantes de instituições públicas

No Brasil, cerca de seis milhões de estudantes, desde a pré-escola até a pós-graduação, não têm acesso à internet banda larga ou 3G/4G em casa e, consequentemente, não conseguem participar do ensino remoto. Desses, 5,8 milhões são alunos de instituições públicas de ensino. É o que diz o estudo "Acesso Domiciliar à Internet e Ensino Remoto Durante a Pandemia", feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Os alunos do ensino fundamental são os mais afetados. Juntos, os anos iniciais e os anos finais somam mais 4,35 milhões de estudantes sem acesso, sendo 4,23 milhões de escolas públicas.

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No ensino médio, estima-se que, de 780 mil adolescentes que não dispõem de internet em casa, 740 mil são da rede pública. Já a pré-escola pode ter até 800 mil crianças sem conexão, sendo que 720 mil frequentam o ensino público.

Enquanto isso, o ensino superior é o que tem o menor número de alunos sem internet. De 150 a 190 mil discentes da graduação, cerca de 51 a 72 mil são de instituições públicas. Na pós- graduação, menos de dois mil alunos entram nas estatísticas, sabendo-se que aproximadamente a metade são de universidades federais e estaduais. Apesar dos números serem menores, a situação deve ser avaliada com cuidado.

“Evidentemente que o número do ensino superior vai ser menor, porque na educação básica tem mais estudantes”, diz Remi Castioni, professor do Departamento de Planejamento e Administração e Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) e um dos autores da pesquisa.

Alunos sem acesso a equipamentos para estudar

Dos 5,8 milhões de estudantes de escolas públicas que não têm conexão, apenas 2,6 milhões dispunham de sinal de rede móvel celular. O estudo afirma que, destes, aproximadamente 800 mil precisam somente de um chip de dados, porque já dispõem de computador, tablet, celular ou notebook.

No entanto, quase 1,8 milhões de alunos da rede pública não têm esses equipamentos e precisam contar com a distribuição de celular ou tablet para se conectar. Ainda assim, aproximadamente 3,2 milhões continuariam sem acesso, pois não têm sinal de rede móvel onde moram.

Estratégias possíveis

Além de mapear o número de estudantes nessa situação, a pesquisa também estabeleceu possíveis estratégias para solucionar o problema. A maior conclusão é de que a distribuição de chips de dados móveis, tablets e celulares, seria suficiente para conectar os 800 mil estudantes da rede pública que dispõem de sinal de internet e dos equipamentos necessários e os 1,8 milhões que ainda não têm tais equipamentos.

Para a parcela que não tem sinal de rede móvel, uma alternativa seria recorrer a televisão. Para isso, seria necessário distribuir kits de conversão à TV digital, já instalados aplicativos que permitam interatividade local.

Estima-se que o custo disso seria de aproximadamente R$ 3,8 bilhões para a distribuição dos chips e equipamentos. O valor é bem menor do que o orçamento de $24 milhões para distribuir internet à estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica , divulgado pelo Ministério da Educação (MEC).

Perfil dos estudantes

Ao traçar o perfil dos alunos, percebe-se que maioria são pessoas negras ou indígenas. Em todas as etapas de educação, o percentual gira em torno de 70%. Além disso, entre estudantes sem acesso domiciliar à internet de qualidade da rede pública, 99% são de baixa renda.

O estudo mostra também que as regiões norte e nordeste são altamente prejudicadas. Com quase 270 mil estudantes sem acesso à internet, a Bahia é o estado com maior número. Em seguida, estão o Pará, Maranhão e Ceará, São Paulo e Minas Gerais.

Sobre o estudo

O estudo foi feito com base na análise de dados da Pnad Contínua de 2018 (IBGE) e mapeou o perfil da população sem acesso à internet em banda larga ou 3G/4G em domicílios. O trabalho foi assinado por Paulo Meyer Nascimento, técnico de planejamento e pesquisa da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais (Disoc) do Ipea; Daniela Lima Ramos, pesquisadora do grupo de pesquisa em economia espacial da Universidade Federal da Bahia (UFBA); Adriana Almeida Sales de Melo e Remi Castioni, professores da Universidade de Brasília (Unb).

Fonte: Correio Braziliense

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