A Secretaria da Educação do Estado da Bahia lamenta a decisão da assembleia dos professores, realizada nesta terça-feira, 10 de julho, de manter a greve que deixa parte dos estudantes da rede pública sem aulas.
Nesta segunda-feira, 9, o governador Jaques Wagner solicitou do Ministério Público do Estado da Bahia (MPE) e ao Tribunal de Justiça da Bahia uma intermediação, junto à APLB Sindicato, para finalizar o movimento grevista dos professores da rede estadual.
O secretário da Educação, Osvaldo Barreto, destaca que a proposta apresentada pelo Governo do Estado, no último dia 4 de junho, concedendo uma melhoria da remuneração dos professores via progressão funcional, continua válida e teve origem na própria APLB Sindicato. A proposta estabele reajuste de 7% em novembro e mais 7 % em abril de 2013, o que alcançaria um total de 14%. Somados com o reajuste (6,5%), concedido em janeiro deste ano, chegaria aos 22% exigidos pela categoria.
“Nossa proposta é baseada na capacidade financeira do Estado, respeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal, que não conta com recursos em seu orçamento para contemplar todo o percentual da promoção reivindicada pelos professores para este ano”, explica o secretário da Educação.
A paralisação dos professores da rede estadual está concentrada em Salvador e Feira de Santana. Das 328 escolas paralisadas, 244 estão localizadas nestes municípios. A rede estadual conta, hoje, com 1.411 unidades escolares. Destas, 1080 estão em funcionamento, o que representa um número superior a 76%.
Reposição assegurada - O secretário Osvaldo Barreto assegura aos estudantes e familiares que não existe a possibilidade de perda do ano letivo. Serão utilizados os sábados e o mês de janeiro de 2013 para fazer a reposição de aulas nas escolas que necessitarem. O que pode acontecer é o adiamento do início do próximo ano letivo.
As escolas que retornaram às aulas já organizam os seus calendários de reposição, que estão sendo aprovados pelos colegiados escolares das unidades e supervisionados pela Secretaria da Educação. Mais de 400 escolas sequer entraram em greve e em outras a paralisação foi curta. Muitas destas já fizeram a reposição de aula no recesso junino. O secretário Osvaldo Barreto conclama os professores da rede estadual, que ainda estão paralisados, a considerarem a proposta apresentada e retomarem as atividades em sala de aula.
Por: Liberdadenews/Ascom