A Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) realizouo um ato virtual na manhã desta quinta-feira, 10, para celebrar o aniversário de 38 anos da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). O evento reafirmou a importância da capilaridade da instituição de ensino, tendo como características a proximidade com a sociedade baiana e a geração de oportunidades para ingresso no ensino superior em diversos territórios do estado.
O evento, transmitido pelas TV ALBA e TV UNEB, foi comandado pelo deputado Osni Cardoso (PT), ex-estudante da universidade e proponente da homenagem, que reuniu remotamente personagens importantes da comunidade universitária, como gestores, professores, estudantes, servidores, lideranças sindicais e de movimentos sociais e representantes das categorias de trabalhadores da própria Uneb.
O reitor José Bites definiu a trajetória da instituição como exemplo de resistência e ousadia, pela contínua formação de profissionais para as diversas áreas através do ensino, pesquisa e extensão, e sua política de inclusão e ações afirmativas durantes os anos. Para ele, é salutar comemorar os 38 anos da Uneb nesse momento de turbulência política e ideológica, de ameaça aos investimentos em educação, congelados com a chamada PEC (n.º 95) da Morte, e de descaracterização intelectual das universidades públicas, “com a negação da ciência, certamente com a intenção de eliminar a produção e divulgação livre do conhecimento crítico”.
Segundo o reitor, a Uneb é a maior instituição pública de ensino superior multicampi do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, presente em todo o território baiano com 24 campi, dois campi avançado, 29 departamentos, sete Centros de Pesquisa, e 263 grupos de pesquisa registrados no CNPQ. “Somos hoje mais de 28 mil estudantes, 2.621 professores, 2.500 funcionários entre servidores públicos e terceirizados, 134 cursos de graduação, 27 Programas Pós-graduação stricto sensu e 17 cursos de graduação na modalidade à distância”, enumerou. Em sua fala, Bites relatou os feitos de gestores que o antecederam, a exemplo de Lourisvaldo Valentim e da professora Ivete Sacramento, além do professor Edivaldo Boaventura, criador da universidade e seu primeiro reitor.
A fala da ex-reitora Ivete Sacramento, que foi responsável pela implantação da política de cotas, emocionou a todos. “A Uneb é minha casa e ela nasceu pra incluir, e isso dói! Nós nascemos pra incluir, não estamos aqui pra fazer de conta”, disse a ex-gestora, reafirmando o lema da “oportunidade para atingir a igualdade”. Sacramento se dirigiu ao deputado Osni com orgulho, pois via nele “a vitória de todos os nossos egressos da Uneb” e ratificou o caráter multicampi como uma ousadia do seu idealizador Edivaldo Boaventura, “de fazer chegar a educação superior de qualidade a todos os cantos que foram necessários”.
Representando o secretário estadual da Educação, Jerônimo Rodrigues, o coordenador de Projetos Estratégicos da pasta, Marcius Gomes, ressaltou que a data reafirma a universidade como uma instituição inovadora, que tem chegado a todos os cantos da Bahia, respeitando o pluralismo e os traços de identidade regionais. Unebiana de formação, a professora Erica Nogueira, representante do Fórum de Diretores de Departamento, relatou como a gestão setorial, com 30 departamentos espalhados no estado, dão a noção exata “da magnitude da instituição”, onde sua força e desafio estão em atender sua diversidade e dimensão territorial.
Fonte: Atarde