Nove das 12 salas de aula da Escola Municipal Pedro Agrizio Neto, localizada no bairro Jerusalém, em Teixeira de Freitas, foram parcialmente destruídas durante o final de semana. O quebra-quebra promovido por vândalos só foi descoberto na manhã desta terça-feira, 16 de outubro, quando diretores e professores chegaram à escola, após retornarem do feriado escolar no Dia do Professor.
O ato de arruaça comprometeu todo material didático guardado em armários seminovos, que também foram completamente destruídos. A cantina também foi invadida e parte da merenda escolar foi roubada, os vândalos também defecaram e urinaram dentro da instituição de ensino.
A diretora Neli Almeida, que há oito anos trabalha na escola, disse nunca ter visto algo parecido. Visivelmente abalada, ela disse não saber o que fazer, já que dados da unidade escolar recentemente encerrada também foram destruídos.
Durante entrevista, Neli atribuiu o ato de vandalismo à falta de vigilantes durante os finais de semana e feriados. De acordo com a diretora, antes da reformulação da guarda, os vigilantes atuavam diariamente nas escolas. Recentemente, com a formação da Guarda Municipal, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do município retirou os vigilantes, que com o curso se tornaram guardas.
“As escolas ficaram durante duas semanas trabalhando apenas meio período, e tendo que chamar a polícia a todo instante. Após cinco reuniões com representantes da SSP, Ministério Público e a Secretaria de Educação, os guardas retornaram, mas, somente durante o período de aula”, disse.
Ainda na manhã desta terça-feira, Vieira, comandante da Guarda Municipal, disse que os guardas folgam nos finais de semana e feriado por conta da carga excessiva de trabalho, no entanto, a ronda escolar com uso de viaturas nas proximidades da escola é mantida para suprir a falta do guarda na instituição.
Com relação à invasão da escola, o comando da guarda destacou a falta de grades nas janelas das salas invadidas e a altura do muro da escola, considerado baixo. O que, segundo os guardas, caracteriza uma falta de estrutura de segurança.
O coordenador da Direc 9, Marcos Lemos, esteve na Escola Pedro Agrizio e lamentou o ocorrido, deixando claro a necessidade de uma nova conversa entre a SSP, educadores e também da Polícia Militar na busca de uma alternativa para resolução do problema. A direção da escola registrou o caso da 8ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior.
Por: Sulbahianews