A Escola Municipal Pedro Agrizzi localizada no Monte Castelo em Teixeira de Freitas, foi novamente invadida por vândalos que provocaram quebra-quebra em todas as salas de aula. O ato de vandalismo foi descoberto na manhã desta segunda-feira, 5 de novembro, quando os professores chegaram a escola para mais um dia letivo.
A diretora da escola, Neli Almeida, registrou o caso na 8ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior. Quando chegou ao local, nossa equipe de reportagem encontrou as salas fechadas aguardando os trabalhos periciais do Departamento de Polícia Técnica.
Essa é a segunda vez que a Pedro Agrizzi foi alvo de vandalismo, há pouco menos de 20 dias a escola foi invadida e teve nove de suas 12 salas totalmente quebradas. O ato de arruaça comprometeu todo material didático guardado em armários seminovos, que também foram completamente destruídos. A cantina também foi invadida e parte da merenda escolar foi roubada, os vândalos também defecaram e urinaram dentro da instituição de ensino.
Na época Neli Durante entrevista, diretora da escola atribuiu o ato de vandalismo à falta de vigilantes durante os finais de semana e feriados. De acordo com a diretora, antes da reformulação da guarda, os vigilantes atuavam diariamente nas escolas. Recentemente, com a formação da Guarda Municipal, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do município retirou os vigilantes, que com o curso se tornaram guardas.
“As escolas ficaram durante duas semanas trabalhando apenas meio período, e tendo que chamar a polícia a todo instante. Após cinco reuniões com representantes da SSP, Ministério Público e a Secretaria de Educação, os guardas retornaram, mas, somente durante o período de aula”, disse Neli.
Vieira, comandante da Guarda Municipal, explica que os guardas folgam nos finais de semana e feriados por conta da carga excessiva de trabalho, no entanto, a ronda escolar com uso de viaturas nas proximidades da escola é mantida para suprir a falta do guarda na instituição.
O problema é que são 35 guardas para 53 escolas municipais, isto durante o período das aulas, nos fins de semana e feriados, apenas quatro viaturas, com 3 homens em cada veículo, fazem o serviço da ronda.
Com relação à invasão da escola, o comando da guarda destacou a falta de grades nas janelas das salas invadidas e a altura do muro da escola, considerado baixo. O que, segundo os guardas, caracteriza uma falta de estrutura de segurança.
No dia 30 de outubro, o vereador Julio César “Garotinho” deu entrada na Câmara Municipal com uma preposição que pede ao Executivo, especificamente, a Secretaria de Administração, que encaminhe ao Poder Legislativo o projeto de lei que crie as 170 vagas para o cargo de agentes de portaria, para suprir alta dos vigilantes nas escolas municipais e demais patrimônios da cidade.
Durante o meio tempo entre a primeira e segunda invasão, um dos alunos encontrou uma trouxinha de cocaína escondida entre os trilhos de uma das janelas da sala. A Polícia Militar foi comunicada e recolheu o entorpecente.
Na manhã desta segunda-feira, o secretário Daniel Santos, esteve na escola e fez um relatório sobre os danos causados. Segundo Daniel, a secretaria entrará em contato com o setor da segurança pública pedindo maior atenção da guarda nas escolas. Ainda de acordo com o secretário, já existe um projeto de monitoramento de vídeo nas escolas municipais, até o final do ano o serviço de segurança eletrônica será implantado em parte das escolas, com as eventualidades ocorridas na Pedro Agrizzi, a escola já terá o sistema instalado já na próxima semana.
Por: Sulbahianews