Teixeira de Freitas: O Liberdade News flagrou na noite desta segunda-feira, 27 de janeiro, em três creches municipais e em uma escola municipal, diversas pessoas em filas. A maioria delas, há dias, para tentar conseguir uma vaga nesses locais e sem garantia de que isso iria acontecer, pois o número de vagas disponíveis em todos esses locais é muito inferior ao número de pessoas que procuram.
Visitamos as creches, EMEI Ana Maria Machado [bairro Monte Castelo], que estava oferecendo apenas 34 vagas para o Infantil IV e 06 vagas para o Infantil V, segundo a informação que estava na placa em frente ao colégio; a creche Leão de Judá, no Vila Vargas, dizia oferecer para crianças de 4 anos, 64 vagas no matutino e 50 para o vespertino, e para criança de 5 anos, 7 vagas no matutino e 10 no vespertino; e na creche municipal do bairro Tancredo Neves, que dizia que havia somente 9 vagas para criança de 4 anos e 6 para criança de 5 anos, segundo informações de pessoas na fila, pois nessa creche não havia cartazes.
Além dessas, fomos à Escola Municipal Pedro Agrizi Neto, no bairro Castelinho, em que também havia muitas pessoas na fila sem saber qual o número de vagas disponíveis. De acordo com moradores da região isso acontece todos os anos. As pessoas do bairro Vila Vargas reclamavam que além do número de vagas não atender a quantidade de crianças do próprio bairro, havia muita gente de outros bairros procurando vagas na creche também, como os pais do bairro Liberdade, Castelinho, Residencial Ramalho, e outros, que não têm creches em seus bairros.
Havia creches que tinham pessoas há 7 dias na fila. Algumas pessoas presenciaram situação de violência, como brigas entre as pessoas da própria fila e ação de vândalos durante a madrugada. Bebês e crianças acompanhavam os pais passando a noite no sereno ou em barracas improvisadas. Sabe-se que a matrícula estava prevista para começar as 07h30, do dia 28 de janeiro.
Como a previsão é que parte das pessoas nas filas não irão conseguir vagas para seus filhos, ainda não se sabe como farão para matricular as crianças, uma vez que os pais disseram não ter condições financeiras de pagar escolas ou creches particulares.
Por: Petrina Nunes/Liberdadenews