Nova Viçosa: A Diretoria da APLB/Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Nova Viçosa, na luta contínua por melhores condições de trabalho e valorização do profissional da Educação, bem como do servidor de apoio, vem informar aos pais de alunos e a quem possa interessar que muitos esforços estão sendo realizados para contribuir da melhor maneira na formação dos filhos desta comunidade. No entanto, como um professor desestimulado pode estimular um aluno a dar o melhor de si, a cobrar o melhor dele, se ele mesmo está sendo desvalorizado de forma gritante? Se, ao invés de reconhecer o trabalho destes profissionais, agora lhe é imposta uma carga horária insuportável? Entrar às 07h00 e sair 12h15; entrar às 13h00 e sair às 18h00, em alguns dias da semana; aumentar o número de aulas para cada professor, ao invés de diminuir?
Sim, senhores pais e comunidade, agora está sendo imposta uma carga horária absurda que só existirá aqui em nosso município, como forma de punição pela greve. O professor do 6º ao 9º Ano tinha uma carga horária de 20 horas/aulas em sala com o aluno, por semana, num concurso de 25 horas. A luta é por uma jornada de 16 horas/aulas de 50 minutos por turma. Os professores de Educação Infantil e de 1º ao 5º Ano também trabalhavam mais do que a Lei determina. O que está sendo imposto agora: 19 horas/ aulas para cada professor PII, ao invés das 16 horas/aulas, sem falar nas NOVE horas de atividades complementares que eles ainda têm que cumprir. Em que resultará isso? Professores de “ginásio” mais cansados, com mais provas e atividades para preparar e corrigir, desgastados e ainda mais desestimulados.
Parem e pensem, senhores: há quanto tempo não se ver professores e alunos nas ruas, realizando projetos, interagindo com a comunidade, participando efetivamente da construção social e cultural? Há quanto tempo, não há apresentações das escolas nas ruas? Desfile de 07 de setembro? Sim, senhores, isso é resultado do descaso para com a Educação da falta de valorização do professor, que teve o ultimo aumento salarial em inicio de 2012, e uma reposição apenas em 2014, abaixo do que foi dado pelo Governo Federal em cumprimento à Lei do Piso, reposição a qual foi conseguida mediante uma greve e a intervenção da Justiça. Além disso, salas de aula sem ventilação, quentes e com falta de cadeiras (há mais de ano), prejudicando o trabalho do educador e o aprendizado dos alunos. É para melhorar isso que também lutamos. Visite a escola de seu filho e observe.
A greve acabou e os professores cumpriram a palavra, repondo as aulas no período de férias e confiando no acordo firmado entre Sindicato, Ministério Público e Prefeitura. No entanto, por conta de um ato de má fé da outra parte, mais uma vez o professor já tão castigado, deve pagar um preço que não lhe cabe? O professor comprometido com seu trabalho e com seu aluno diz NÃO!
Pai e mãe, o professor tem compromisso com seu trabalho, com o seu filho, mas não pode aceitar ser desrespeitado e lesado em seus direitos. A ERA DO CHICOTE JÁ ACABOU!
Estamos em ESTADO DE GREVE. Não queremos parar, mas é o único caminho quando não há acordo. Obrigado.
Por: ASCOM/APLB Sindicato-Nova Viçosa/BA