"Nunca vi assim, nem quando ganhamos medalha olímpica", disse Cristiane
Parte da delegação da seleção brasileira que disputou a Copa do Mundo feminina na França desembarcou na manhã desta terça-feira (25) no Brasil e foi recebida com festa no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. As jogadoras e membros da comissão técnica chegaram em dois voos provenientes de Paris e receberam o carinho de um grupo de cerca de 100 torcedoras usando bonés, faixas, cartazes, balões e gritos de incentivo.
A atacante Cristiane, que chegou mancando por causa de uma lesão sofrida na derrota para a França no domingo, se mostrou surpresa com a recepção calorosa. "Nunca vi assim, nem quando ganhamos medalha olímpica", disse a jogadora do São Paulo, referindo-se às pratas conquistadas em Atenas-2004 e Pequim-2008.
“Que energia! Obrigada pela recepção torcida brasileira. De longe, sentimentos essa energia que nos motivou muito na França! Sem palavras, só gratidão por vocês ❤️✨???????? #guerreirasdobrasil” disse no instagram em uma publicação compartilhada por Seleção Feminina de Futebol (@selecaofemininadefutebol) em 25 de Jun, 2019 às 2:42 PDT
Torcedoras prestaram homenagens dando medalhas simbólicas para as atletas. "As meninas devem sonhar a partir de agora que as coisas podem mudar para elas", emendou a camisa 11, que foi artilheira do Brasil no Mundial com quatro gols.
"Não sabia da recepção. Mostra o quanto honramos a camisa da seleção e quanto deixamos em campo, principalmente no jogo contra a França. Representa tudo o que fizemos nos jogos da Copa e essa torcida representa muito", afirmou a atacante Andressa Alves, que atua no Barcelona.
"Não sei como descrever esse momento, só sei agradecer. Que carinho maravilhoso, é de arrepiar", escreveu Andressa Alves em sua conta no Instagram.
O grupo que desembarcou em São Paulo não estava completo porque algumas jogadoras seguiram para os países onde atuam. São os casos de Marta, Camila e Thaísa, que foram direto para os Estados Unidos, e de Bia Zaneratto e Luana, que seguiram para a Coreia do Sul.
Na chegada ao Brasil, o técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, reafirmou que está otimista para a continuidade de seu trabalho à frente da seleção. O coordenador de seleções femininas da CBF, Marco Aurélio Cunha, afirmou na segunda-feira, ainda na França, que o futuro do treinador está agora nas mãos do presidente da entidade, Rogério Caboclo. O próximo compromisso da equipe é a Olimpíada de Tóquio, no ano que vem, no Japão.
No Mundial, a seleção feminina ganhou da Jamaica por 3x0, depois perdeu de virada para a Austrália por 3x2 e garantiu a classificação em terceiro lugar do Grupo C graças à vitória sobre a Itália por 1x0. O destaque da campanha foi o recorde que a craque Marta bateu, virando a maior artilheira das Copas do Mundo com 17 gols, um a mais que o centroavante alemão Miroslav Klose.
Fonte: Estadão Conteúdo