Palmeiras bate Athletico no fim, e Bragantino supera Fluminense
Não era semifinal de Libertadores e nem se podia falar em revanche. Mas, vencer o Flamengo nesta quarta-feira (19), no mesmo Maracanã onde viu ruir, diante do próprio Rubro-Negro, o sonho de ir outra vez à final da competição sul-americana, teria um gostinho especial para o torcedor do Grêmio. Teria. Na partida que inaugurou a quarta rodada do Campeonato Brasileiro, gaúchos e cariocas ficaram mesmo no 1 a 1. Melhor para o time da casa, que estava atrás no placar até os 40 minutos da etapa final.
Esse foi o terceiro empate consecutivo do Tricolor, após o 1 a 1 com o Ceará há uma semana, e o 0 a 0 do último sábado (15) contra o Corinthians. Os gremistas foram a seis pontos e podem finalizar o dia fora da zona de classificação à Libertadores. O atual campeão nacional e da América, por sua vez, foi a quatro pontos. A equipe vinha de vitória sobre o Coritiba, por 1 a 0, também no sábado passado e de tropeços para Atlético-MG (0 a 1, em casa) e Atlético-GO (0 a 3).
No time titular do Flamengo, só dois jogadores (o zagueiro Léo Pereira e o lateral João Lucas) não estiveram em campo na vitória por 5 a 0 sobre o Tricolor, pela última Libertadores, em 23 de outubro do ano passado. O técnico também é outro: Domenèc Torrent. Já pelo Grêmio, sete remanescentes daquela derrota inciaram o duelo desta quarta: os zagueiros Pedro Geromel e Walter Kannemann, o lateral Bruno Cortez, os meias Matheus Henrique, Maicon e Alisson e o atacante Pepê (que, na ocasião, entrou em campo na etapa final).
Coube justamente a Pepê, ao final de um primeiro tempo de leve superioridade gremista, abrir o marcador. Aos 44 minutos, o atacante avançou às costas da zaga rubro-negra, recebeu de Alisson e soltou a bomba da pequena área, sem chances para o goleiro Diego Alves.
O Tricolor se aproveitou da dificuldade flamenguista de atuar com intensidade e controlou as ações no segundo tempo. Aos dois minutos, o atacante Diego Souza perdeu chance dentro da área, com liberdade. Já aos 34, o meia Isaque escapou da marcação do lateral Renê e do zagueiro Rodrigo Caio e mandou a bola perto da meta rubro-negra. Mas, aos 40 minutos, depois de um chute do atacante Vitinho explodir em Kannemann na área, o árbitro de vídeo indicou toque de mão do zagueiro. O atacante Gabriel Barbosa cobrou, deixando tudo igual e evitando novo tropeço em casa.
Lei do ex salva Palmeiras
O termo lei do ex costumar ser usado quando um jogador balança as redes contra o antigo clube. Na vitória do Palmeiras sobre o Athletico-PR, por 1 a 0, esse personagem foi Raphael Veiga. Coube ao meia, campeão da Copa Sul-Americana de 2018 pelo Furacão, garantir os três pontos ao Verdão na Arena da Baixada. Para ser mais cruel com a equipe da casa, o gol saiu nos acréscimos.
A partida em si foi muito fraca tecnicamente, com vários erros de passes. Das 16 finalizações ao longo dos 90 minutos, somente três, todas do Palmeiras, foram em direção ao gol. A última delas foi a que, enfim, venceu o goleiro Santos. Aos 48 minutos da etapa final, após um arremate do meia Zé Rafael rebater no zagueiro Thiago Heleno, Raphael Veiga ficou com a sobra e mandou para as redes.
Foi a primeira vitória do Verdão sobre uma equipe de Série A em 2020. Antes dos empates com Fluminense e Goiás, ambos por 1 a 1, o time já havia passado em branco (no tempo normal) diante de Santos, São Paulo, Corinthians e Red Bull Bragantino no Campeonato Paulista. O resultado levou o Palmeiras a cinco pontos em três jogos e atrapalhou o Athletico, que permanece com seis pontos, perdendo a chance de assumir a liderança.
22 anos depois, deu Braga
Em Bragança Paulista (SP), o Red Bull Bragantino superou o Fluminense por 2 a 1, ganhando pela primeira vez no retorno à Série A do Brasileiro, após 22 anos. O Massa Bruta, que vinha de derrota para o Bahia, pelo mesmo placar, foi a cinco pontos em quatro jogos, enquanto o Tricolor permaneceu com quatro pontos.
Pela equipe carioca, destaque para a volta do técnico Odair Hellmann, que ficou fora da vitória por 2 a 1 sobre o Internacional, no domingo (16), por suspeita de contaminação pelo novo coronavírus (covid-19). O treinador testou positivo no último dia 9 de agosto, mas teve resultados negativos nos exames de quinta-feira da semana passada (13) e da última segunda-feira (17).
O Bragantino precisou de apenas um minuto para abrir o placar. O goleiro Muriel deu rebote após chute do volante Matheus Jesus, que o atacante Alerrandro aproveitou. Só que, no lance seguinte, o Tricolor chegou ao empate com Nenê. O meia recebeu passe de calcanhar do lateral Igor Julião e bateu no canto do goleiro Cleiton.
O primeiro tempo movimentado, com chances perdidas em ambos os lados, não se repetiu nos 45 minutos finais. Mesmo assim, o time paulista acabou premiado por ter sido mais ofensivo. Depois de assistência de Bruno Tubarão, o atacante Luis Phelipe recebeu com liberdade e definiu o marcador em Bragança.
Fonte: Rádio Nacional