O Brasil é o único país que nunca ficou de fora de uma Copa do Mundo. O motivo para isso é a superioridade histórica em relação aos adversários do continente. Em 110 partidas na história das Eliminatórias Sul-Americanas, são 68 vitórias, 30 empates e apenas 12 derrotas. Porém, o recente desempenho dos comandados de Tite e a evolução dos adversários não traz a segurança habitual para o início da jornada rumo à Copa de 2022.
Nesta sexta-feira, 9, às 21h30, na Neo Química Arena, em São Paulo, o adversário da estreia é a Bolívia, contra quem o Brasil tem boas lembranças. Em 30 jogos entre os dois na história, a Seleção Brasileira venceu 21, empatou quatro e perdeu cinco.
Ainda assim, o zagueiro Marquinhos não considera que isso agrega favoritismo para o confronto. “A gente tem que deixar de lado o favoritismo e todo o respeito que as pessoas têm pela Seleção Brasileira. Temos que dar resposta dentro de campo e é isso que vai fazer as pessoas falarem sobre favoritismo ou não”, afirmou, na última terça.
E resposta dentro de campo é algo que o Brasil não deu nos últimos jogos. Após o título da Copa América, em 2019, o time de Tite disputou seis partidas, e venceu apenas uma, contra a Coreia do Sul. As outras cinco resultaram em três empates e duas derrotas.
Para a partida desta sexta, a Seleção pode ter mais uma dificuldade para superar. O craque Neymar sentiu as costas e não participou do treino de quinta-feira, 8. A decisão sobre a participação dele ou não no jogo acontecerá antes da bola rolar, segundo o médico Rodrigo Lasmar. Caso seja uma negativa, seu substituto imediato será Éverton Ribeiro.
Na coletiva de quinta, Tite revelou que não espera uma subida imediata de desempenho. “Não é assim que as coisas funcionam no futebol, em que há a construção de equipe, lançamento de jovens, mesclas, funções definidas, jogadores crescendo nos clubes. Tomara que a gente tenha essa felicidade, mas não é o real. A expectativa é fazer um bom jogo contra a Bolívia, numa situação anormal com a pandemia, e conseguir a vitória", ponderou o treinador.
Novidades
Na quinta, o técnico Tite revelou também algumas coisas que serão vistas no jogo desta sexta. O capitão, na ausência de Daniel Alves, será Casemiro, que formará a dupla de volantes com Bruno Guimarães. No gol, Weverton foi o escolhido, devido à “grande sequência”, segundo o comandante.
Pandemia
A principal preocupação para os jogos eliminatórios é com os protocolos de prevenção da Covid-19. Como muitos clubes do exterior relutaram em liberar seus atletas com antecedência, a maioria dos jogadores iniciará a competição sem ter passado pelo período de 14 dias de quarentena.
Os jogadores sul-americanos convocados que atuam fora de seus países de origem somam 204, contra 74 que jogam em solo nacional. No Brasil, 18 pertencem ao futebol internacional, e apenas cinco a clubes brasileiros. Na Venezuela, todos jogam fora do país. As informações foram retiradas de um levantamento feito pelo site Globoesporte.com.
De acordo com os boletins mais atualizados da Organização Mundial da Saúde (OMS) a estimativa é que sete dos 20 países com mais casos da Covid-19 no mundo estão nas Américas. O continente possui 50% dos óbitos no planeta.
BRASIL X BOLÍVIA - 1ª RODADA DAS ELIMINATÓRIAS SUL-AMERICANAS
Local: Neo Química Arena, em São Paulo (SP), às 21h30
Árbitro: Leodan González
Assistentes: Nicolas Taran e Richard Trinidad (trio do Uruguai)
Brasil - Weverton; Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Renan Lodi; Casemiro, Bruno Guimarães, Philippe Coutinho e Neymar (Éverton R.); Éverton e Firmino. T: Tite.
Bolívia - Lampe; Jesús Sagredo, Carrasco, Valverde e José Sagredo; Bustamante, Erwin Sánchez Jr, Wayar e Jhasmani; Saucedo e Franz González. T: César Farias.
Fonte: Nuno Krause