Boato está sendo espalhado nas redes sociais e preocupa autoridades
Um viral que tem circulado nas redes sociais pode confundir os usuários de iPhone e até mesmo os colocarem em perigo.
A publicação, destinada principalmente às mulheres, informa que se a pessoa estiver se sentindo ameaçada, ela deve pressionar cinco vezes o botão da função de bloqueio do telefone e deslizar o controle que aparece na tela como SOS Emergência.
Com isso, o GPS do telefone será ativado e enviará a localização automaticamente para a delegacia mais próxima, que irá mandar um policial para a situação.
O problema é que a informação não é inteiramente verdadeira. A função SOS Emergência realmente existe, mas ela não manda automaticamente a localização para uma delegacia, tampouco um agente será deslocado para ajudar.
A falsa notícia induz o usuário a acreditar que fazendo o que foi descrito estará seguro e não procure realmente a ajuda policial. “Nenhuma polícia do mundo tem estrutura para, assim que o telefone tocar, mandar uma viatura para o local”, afirma o coronel reformado José Vicente Filho, especialista em segurança pública. Segundo o coronel, em casos de emergência, o indicado é ligar para o 190.
De acordo com o Suporte da Apple, para usar o SOS Emergência, que surgiu após a atualização 11 do IOS, deve-se apertar o botão lateral cinco vezes (iPhone 7 ou inferiores) ou o botão lateral e um dos volumes (iPhone 8 ou X) até que apareça na tela o botão deslizante da função. Ao deslizar esse botão, o usuário fará uma ligação para o número de emergência.
Após a ligação ser encerrada, o iPhone envia aos contatos de emergência uma mensagem de texto. É na mensagem para os contatos de emergência que é enviada a localização, não na ligação para a polícia, como informado incorretamente no viral.
Espanha
A informação falsa começou a circular na Espanha, dias após a polícia encontrar o corpo da jovem madrilenha Diana Quer, que estava desaparecida desde agosto de 2016. O viral preocupou as autoridades espanholas. A polícia usou o Twitter para avisar aos cidadãos que a informação sobre o iPhone não era a correta.
Fonte: R7