Índices de subutilização e desalento pioram quando comparados com os meses de junho a agosto de 2017
A taxa de desemprego caiu para 12,1% no período de junho a agosto deste ano, segundo informou nesta sexta-feira, 28, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No trimestre anterior, de março a maio, a taxa foi de 12,7%. Este é a quinta publicação seguida, que é realizada mensalmente, na qual este indicador aponta queda. Os dados, que representam o percentual de brasileiros em idade economicamente ativa e que procuram emprego, mas não encontram, compõem a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).
O desemprego também caiu quando comparado com o mesmo período do ano passado. Àquela época, a taxa de desocupação estava em 12,6%.
O total de brasileiros que se situam nas condições que o IBGE chama de desocupação somou 12,7 milhões, 4% a menos do que nos três meses anteriores. Entre junho e agosto de 2017, o número de desempregados era de 13,1 milhões.
A quantidade de trabalhadores subutilizados e de pessoas desalentadas ficou estável no período quando comparado com os três meses anteriores. A taxa de subutilização está em 24,4% (27,5 milhões de pessoas), 0,2 ponto percentual abaixo do que no período anterior. Este indicador mensura quantos profissionais trabalham menos de 40 horas por semana, mas que possuem o desejo de trabalhar mais. Já a taxa de pessoas desalentadas, que desistiram de procurar emprego, está em 4,8 milhões.
Apesar dessa suposta estabilidade, esses índices apresentam piora quando comparados com os meses de junho a agosto de 2017. O contingente de subutilizados cresceu em 756 milhões, alta de 2,8%. O total de desalentados cresceu 13,2% – há um ano, o contingente somava 4,2 milhões de pessoas.
Esses dados são importantes para entender melhor os motivos das variações da taxa de desemprego. Quando um profissional entra nos critérios de subutilização ou desalento, ele deixa de integrar o contingente de desocupados.
Carteira assinada
O total de trabalhadores ocupados, segundo os critérios do IBGE, somou entre junho e agosto 92,1 milhões, uma alta de 1,3% em relação aos três meses anteriores e 1,1% a mais do que em igual período do ano anterior. No setor privado, são 33 milhões de trabalhadores com carteira assinada – sem contar empregados domésticos. Em relação aos três meses anteriores, o dado aponta estabilidade, mas quando comparado com igual período de 2017, há uma queda de 1,3%, ou seja, 444 mil trabalhadores a menos.
Em contrapartida, a quantidade de pessoas que trabalham por conta própria cresceu 1,5% em relação ao trimestre anterior e chegou a 23,3 milhões. Em relação ao mesmo período do ano anterior, foi registrada alta de 1,9%. Isso significa que mais 437 mil pessoas estão trabalhando por conta própria.
Fonte: Veja