Algumas pessoas são sorteadas na loteria genética com mutações que lhes permitem fazer coisas que a maioria de nós não pode

A ficção científica está cheia de super-heróis mutantes com dons especiais e habilidades extraordinárias. Mas, no mundo real, algumas pessoas comuns também posuem "poderes" especiais passados por seus genes.

Há algumas vantagens genéticas que atingem uma proporção muito pequena da população. Surgiram graças a mutações espontâneas, um processo natural que fica registrado no DNA das pessoas atingidas.

Da mesma forma que alguns herdam doenças genéticas, outros herdam genes que lhes dão capacidades inusitadas.

Conheça abaixo cinco exemplos de "super-poderes" que algumas pessoas possuem graças à genética.

Visão submarina perfeita

A maioria das pessoas fica com a visão embaçada ao abrir os olhos debaixo d'água. Isto não ocorre porque a água danifica nossos olhos de alguma forma, e sim por um problema físico: a densidade da água é parecida com a do tecido que forma nossos olhos. Por isto, a luz chega de forma diferente à retina.

É por isto que a maioria dos humanos só consegue enxergar direito no ar.

Mas há uma exceção: o povo moken, que habita a região do Mar de Andaman, na costa da Tailândia. A tribo é chamada de "ciganos do mar", por passar a maior parte do ano vivendo em balsas e botes. Só vão à terra firme para reabastecimento de alguns suprimentos.

Se você tivesse genes moken, poderia enxergar perfeitamente debaixo d'água. A não ser que você tenha genética moken, provavelmente não enxergará claramente debaixo d'água.

Acredita-se que esta mutação foi selecionada graças ao estilo de vida da tribo, que envolve longas pescarias submarinas com arpão.

Uma pesquisa publicada em 2003 na revista científica Current Biology mostrou que a mutação genética dos moken faz com que seus olhos mudem de formato ligeiramente debaixo d'água.

Isto permite que a luz se distribua de forma correta ao ser captada pelos olhos - tornando possível que eles enxerguem de forma nítida, mesmo a mais de 20 metros de profundidade.

Tolerância ao frio

Outra vantagem genética observada em alguns povos tradicionais é a resistência a baixas temperaturas.

A temperatura do corpo humano saudável oscila entre 36,5 C° e 37,5 C°. É por isto que a maioria de nós está mais apta a lidar com climas quentes do que com o frio.

Um corpo humano normal não pode resistir ao frio extremo, mas algumas populações humanas têm esta capacidade, graças a seus genes.

Tribos como os inuits, que habitam o Ártico, e os nenets, que vivem no norte da Rússia, se adaptaram às baixas temperaturas.

Seus corpos respondem de maneira diferente ao frio porque possuem uma constituição diferente daquela dos demais humanos.

Por exemplo: eles não tremem de frio como o resto de nós. Têm menos glândulas sudoríparas (que produzem suor); suas peles são mais espessas que o normal; e seu metabolismo é mais rápido que o das demais pessoas.

Estas são características genéticas: mesmo que você se mude para o meio do Polo Norte e viva lá durante décadas, não adquirirá as mesmas mutações genéticas deste povo.

Menos horas de sono

Uma característica que você pode ter, mesmo sem pertencer a nenhum grupo étnico específico, é a de funcionar bem mesmo com menos horas de sono que a média das pessoas.

Vários estudos científicos já mostraram que a maioria das pessoas precisam dormir entre 7 e 9 horas por noite para terem a sensação de corpo e mente descansados.

Dormir menos que o necessário pode causar problemas de saúde e também males psicológicos, como falta de concentração.

Apesar disso, um estudo científico publicado em 2014 com gêmeos não-idênticos permitiu à Academia Norte-Americana de Medicina do Sono identificar uma mutação genética que permite a algumas pessoas necessitar de menos horas de sono.

Pessoas com uma mutação no gene DEC2 têm uma fase de sono REM (sono profundo) mais intensa, o que faz com que seu descanso seja mais efetivo.

Com seis horas de sono ou menos, estas pessoas já se sentem completamente descansadas e prontas para encarar o dia seguinte.

De toda forma, os pesquisadores destacaram que esta é uma mutação que afeta uma proporção muito pequena da população mundial - menos de 1% daqueles que dizem dormir pouco.

Por esta razão, se você dorme pouco e acha que está tudo bem e que deve ser portador desta mutação genética, saiba que isto possivelmente não é verdade: o mais provável é que você esteja sim precisando de mais horas de sono.

Ossos mais densos

Eis uma vantagem genética que parece saída de uma história de super-heróis.

Na maioria das pessoas, os ossos vão perdendo densidade e massa à medida que envelhecemos. O problema é conhecido como osteoporose, e pode gerar fraturas e deformações nos ossos.

Tirando alguns sortudos, todos nós precisamos nos cuidar para prevenir a osteoporose ao envelhecer

Mas algumas pessoas possuem uma mutação em um gene chamado SOST, que regula a produção de uma proteína chamada esclerotina. Esta é a proteína que controla a produção e o crescimento dos ossos.

Um estudo conduzido por pesquisadores de Washington (EUA) encontrou evidências de que existem algumas pessoas com mutações no gene SOST, e que por causa delas não perdem massa óssea à medida que envelhecem.

Seus ossos continuam ganhando massa e se tornando mais densos ao longo de toda a vida, dando-lhes um esqueleto que se parece com o de uma pessoa muito mais jovem.

Esta mutação no gene SOST foi encontrada em algumas pessoas de origem africâner (que é como são conhecidos os descendentes dos antigos colonizadores holandeses da África do Sul).

Agora, os pesquisadores buscam formas de replicar os efeitos desta mutação, para permitir que outras pessoas consigam os mesmos benefícios.

Adaptação às alturas

As comunidades andinas têm uma palavra para a falta de ar sentida pelas pessoas em grandes altitudes: soroche. Quem já sentiu este mal certamente não esquecerá a palavra.

O soroche, ou mal das alturas, costuma causar náuseas, pressão baixa, dor de cabeça e problemas respiratórios.

Há muitos truques para minimizar os efeitos: mover-se devagar, comer pouco, não fazer grandes esforços físicos e mascar folha de coca. Algumas pessoas também usam medicamentos. Mesmo assim, muitos continuam sofrendo.

Mas o "mal da montanha" não afeta as populações tradicionais dos altiplanos.

Estudos realizados com o povo quéchua (dos Andes) e com tibetanos do Himalaia mostraram que eles possuem adaptações selecionadas geneticamente para viver nestes ambientes.

Possuem uma caixa toráxica maior que a média e posuem maior capacidade pulmonar, o que lhes permite absorver mais oxigênio a cada respiração.

Além disso, enquanto a maioria das pessoas passa a produzir mais hemácias (células vermelhas do sangue que transportam oxigênio) nestas condições de pouco oxigênio, eles produzem menos.

Estas características permanecem mesmo quando um integrante destas populações se muda para um local de menor altitude, pois está inscrita em seu DNA.

Estas mutações não os transformam em "super-heróis". Mas alguém pode pensar que estes nativos têm superpoderes ao vê-los subir uma montanha correndo, enquanto bandos de turistas se arrastam lentamente em direção ao cume.

Fonte: BBC Brasil

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