A beata Dulce Lopes Pontes, conhecida como Irmã Dulce – “O Anjo bom da Bahia” – será proclamada como Santa pelo Vaticano. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 13. De acordo com o site Vatican News, o Papa Francisco recebeu o prefeito da Congregação das Causas dos Santos, cardeal Angelo Becciu, que autorizou o Dicastério vaticano a promulgar o decreto.
Maria Rita Lopes de Sousa Brito, nome de batismo da Irmã Dulce, será canonizada por conta de um segundo milagre atribuído a beata, além da recordação por sua obras de caridade e de assistência aos pobres e necessitados.
Religiosa da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, a Beata Irmã Dulce nasceu em Salvador no dia 26 de maio de 1914 e faleceu em 22 de maio de 1992. Irmã Dulce foi beatificada em 22 de maio de 2011.
No evento de beatificação de Dulce, esteve presente a ex-presidente Dilma Roussef, junto com o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner.
Irmã Dulce dedicou sua vida a serviço dos necessitados e desenvolveu uma obra social na Bahia, onde fundou vários hospitais de caridade e uma rede de apoio social. A freira baiana chegou a concorrer ao prêmio Nobel da Paz em 1988 e recebeu a visita do então papa João Paulo II pouco antes de morrer, durante a segunda visita do pontífice ao Brasil.
Primeiro milagre
Em 2003, dez médicos brasileiros e três italianos relataram um "caso extraordinário de cura", milagre que foi reconhecido por unanimidade pela Congregação para as Causas dos Santos. O milagre ocorreu em janeiro de 2001, quando Claudia Santos de Araújo, de Sergipe, devota da Irmã Dulce, sofreu uma grave hemorragia durante o parto e ficou em coma.
Os médicos lhe deram apenas horas de vida. No entanto, um sacerdote amigo que sabia da fé da mulher na missionária orou pedindo por sua saúde, e em questão de horas ela estava completamente recuperada. Dois dias depois, recebeu alta do hospital com seu bebê, sem explicação médica.
Irmã Dulce foi declarada venerável pelo Vaticano em 2009 e, quando seu corpo foi exumado e transferido para a catedral de Salvador, em 2018, estava intacto, mumificado naturalmente, sendo interpretado pela igreja como um sinal de santidade.
Fonte: Atarde