Aposentada dos palcos há anos, Rita Lee tornou a defesa dos animais prioridade em sua vida. E um caso, em especial, a tocou: a trajetória de Marsha, a ursa mais triste do mundo. Nascida na gelada Sibéria, Marsha foi tirada de seu hábitat e passou duas décadas acompanhando um circo pelo Brasil. Depois, foi mandada para um zoológico na quente Teresina, no Piauí. Um ambiente nada apropriado para uma ursa que deveria morar em locais com temperaturas abaixo de zero. Ela vivia triste, fazia movimentos repetitivos. Isso até a ativista Luisa Mell liderar sua transferência para o Rancho dos Gnomos, santuário no interior de São Paulo, em 2018. Lá, a ursa foi rebatizada de Rowena e ganhou uma vida mais feliz.

Rita acompanhou toda essa história. E ficou tão sensibilizada que se inspirou nela para escrever para crianças depois de emendar dois livros autobiográficos. Assim nasceu seu livro "Amiga Ursa - Uma História Triste, Mas Com Final Feliz", com ilustrações de Guilherme Francini, lançado agora pela Editora Globo. Além da adorável ursa como protagonista, a obra traz a própria Rita, como vovó Ritinha, a atriz Brigitte Bardot, como papisa BiBi, e Luisa Mell como Lulu. Com o livro, na verdade, Rita retorna ao público infantil. "Nos anos 1980, escrevi quatro livrinhos infantis sobre o ratinho Alex, um personagem ambientalista que luta em defesa do meio ambiente", lembra ela, em entrevista, por e-mail, ao jornal O Estado de S. Paulo. "Aliás, a Globo vai reeditar os Dr. Alex."

A história da ursa Marsha (hoje Rowena) fez você querer escrever um livro infantil ou você já tinha ideia de escrever um livro para esse público?

A história de Rowena merece ser compartilhada com essa nova leva dos pós-millennials, as crianças índigo e cristal, uma geração ávida a mudar a consciência planetária sobre como os humanos devem respeitar todas as formas de vida.

O que você sentiu quando conheceu a história dela?

Quando fiquei sabendo da história de Rowena, passei dias sem dormir, pensando na tristeza e maus-tratos pelos quais passou durante toda a sua vida, indo parar em circos, sem o básico de cuidado, comendo ração de cachorros, dormindo em jaulas apertadas, bebendo água suja e treinada a se equilibrar sobre uma bola, andar de skate e outras torturas... Depois, foi para zoológicos, em regiões extremamente quentes. Um urso da Sibéria, acostumado a temperaturas baixíssimas. É impressionante o quanto a raça humana ainda está na Idade Média no que se diz respeito aos animais. Bichos não são objetos pessoais, eles sofrem igual a nós, são como crianças que são abusadas e que não têm voz. E ainda existem "eventos" humilhantes para os animais, como circos, vaquejadas, rodeios, farras do boi, touradas, rinhas de galo e de cachorro etc.

Você conheceu a história por meio da ativista Luisa Mell, que batalhou pelo resgate da ursa, para levá-la do Piauí ao santuário, certo? Desde quando você e Luisa se conhecem?

Luisa é nossa Bardot tropical, mulher corajosa que peita brigas com poderosos que só pensam em grana usando animais. Acompanho o trabalho dela desde que tinha um programa na TV, chamado Late Show, e segui acompanhando também todas as lutas que trava. Visitei o Instituto Luisa Mell, onde ela abriga cães, gatos, e toda sorte de animais que resgata, e pude ver de perto o respeito e amor com que ampara nossos filhos de quatro patas.

Você sempre amou animais e vive rodeada por eles. Como lida com sua espiritualidade por meio dos animais?

Costumo dizer que entendo o Divino através da pureza dos animais... Aqui, onde moro, convivo com macacos, saruês, tucanos, jabutis, maritacas, papagaios. Todos livres, da mata ao redor, que vira e mexe aparecem por aqui. Fora meus gatos, cachorros... Ou seja, já estou num pedaço do céu.

Aliás, o que você pensa sobre os zoológicos?

Infelizmente, lá existem animais que já nasceram em cativeiro e que não conseguiriam mais viver em liberdade. Há outros que estão presos em espaços pequenos que, assim como Rowena, foram sequestrados de seu hábitat natural. Todos esses animais vivem tristes, servindo apenas para "entreter" os humanos. Essa escravidão animal tem que acabar, estamos no terceiro milênio, não podemos ser tão tacanhos assim.

Como surgiu a ideia da interação dos leitores no livro, nos momentos em que você pede para eles fazerem pesquisas e escrever nos espaços dedicados a isso? Seus netos ajudaram, de alguma forma, a ter essa ideia?

80% do livro são as primorosas ilustrações de Guilherme Francini, nas quais ele consegue colocar a tristeza do começo da história e os momentos felizes do pós-resgate. A ideia da interação com as crianças surgiu do meu editor, fotógrafo e melhor amigo, Guilherme Samora, que também me acompanhou na visita ao Rancho dos Gnomos, onde hoje mora Rowena, que se tornou uma ursa feliz.

Como surgiu a ideia de trazer para a história de seu livro a figura de Brigitte Bardot, que virou uma ferrenha ativista? E como foi entrevistá-la sobre o livro dela publicado no Brasil?

Brigitte acompanhou de longe a história de Rowena e torceu para que o resgate fosse bem-sucedido. Já faz um certo tempo que me correspondo com la BB: imagine como me sinto, tendo acompanhado seus filmes e sua luta na defesa dos animais, e, agora, ter essa proximidade de me corresponder e trocar figurinhas com minha musa maior. É uma honra para mim.

Qual a importância de ativistas como Luisa e Brigitte hoje?

Pois é, acredita que ainda existe gente que diz "por que você não defende crianças ao invés de bichos?" Eu respondo que uma causa está ligada à outra, ensinando crianças a respeitarem todas as formas de vida, estaremos passando a elas que todos são seres vivos, que sentem e sofrem da mesma maneira. Brigitte e Luisa estão nessa luta há anos, fazendo o trabalho de educadoras. Ambas merecem nossos aplausos e agradecimentos.

Como foi a experiência de conhecer Rowena no santuário?

Foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida... O Rancho dos Gnomos fica num lugar paradisíaco e é mantido por doações e administrado por um casal que há anos recolhe bichos maltratados, vítimas de tráficos de animais, do desmatamento desenfreado... Posso afirmar que Rowena está feliz e sapeca, quase tive um treco de emoção quando dei a ela biscoitos molhados com mel! Senti sua língua quente e macia lambendo a palma da minha mão e tive vontade de lhe dar um abraço de ursa, mas Rowena tem medo da proximidade com humanos. Não é para menos ao lembrarmos do tanto que ela sofreu.

Você diria também que "quanto mais conheço o ser humano, mais eu amo meu cachorro"?

Sim, o lema da minha bandeira é esse (risos). E também: adote um bicho e experimente o que é o amor incondicional.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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