Em seu Instagram, o ator reproduziu publicação do jornal britânico The Guardian, que acusa o presidente brasileiro de omissão
O ator Leonardo DiCaprio compartilhou, nesta sexta-feira (14/8), em seu Instagram, uma reportagem do jornal britânico The Guardian, a qual critica a gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No texto, que vem acompanhado de um vídeo com queimadas na Amazônia, o jornal cita dados publicados recentemente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre o aumento do desmatamento na floresta.
Em 2019, o presidente acusou, sem provas, o ator e ambientalista americano de financiar Organizações Não-Governamentais (ONGs) e "colaborar com queimadas na Amazônia". Na época, DiCaprio se declarou à favor dos grupos que se comprometem em proteger o meio ambiente e, reagindo à citação de Bolsonaro, comentou: "Embora dignas de apoio, nós não financiamos as organizações citadas."
Nesta sexta, o ator voltou a se posicionar contra as queimadas ao reproduzir, em seu Instagram, o texto a seguir:
“Do The Guardian: O número de queimadas na Amazônia brasileira em julho subiu 28% em relação ao mesmo mês no ano passado, de acordo com dados da agência Inpe [Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais]. Dados preliminares indicam aumento de 7% em agosto. O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, está sob pressão internacional para inibir as queimadas, mas duvidou publicamente delas no passado, culpando oponentes e comunidades indígenas. Os focos de incêndio do ano passado foram devastadores o suficiente, mas com o clima mais seco deste ano até agora (...)”
O texto segue, de forma sutil, mas em tom crítico, comentando acerca da falta de preocupação do atual governo com o número de mortos pela pandemia:
“(...) assim como a pandemia do coronavírus, que matou mais de 99.000 brasileiros, há uma preocupação crescente de que o desmatamento em andamento não esteja recebendo atenção suficiente”.
De acordo com o Inpe, a Floresta Amazônica teve 6.803 focos de incêndio em 2020, contra 5.318 focos registrados em julho de 2019. É o pior número desde 2017.
Fonte: Correio Braziliense