Profissionais de diversas categorias ligadas ao setor de eventos fizeram uma passeata pacífica na manhã deste domingo, 13, em Salvador. Com o objetivo de chamar a atenção sobre a importância do setor para a economia, o ato reuniu mais de 150 participantes, que reivindicaram ações urgentes para a sobrevivência destes trabalhadores.
O manifesto durou das 9h às 10h30, começando na Ondina e se encerrando em um dos pontos turísticos da capital baiana, no Farol da Barra. Durante a ação, foram recolhidas assinaturas para a carta de reivindicações que os trabalhadores pretendem entregar ao prefeito ACM Neto, ainda nesta semana.
"A nossa situação é muito difícil. É dos eventos que todos nós tiramos o sustento de nossas famílias. Queremos que, pelo menos, as autoridades sentem com a gente para pensar uma forma de voltarmos a trabalhar", explica o técnico de som Elson Alves.
A proposta dos organizadores visa a elaboração de um programa e planejamento para a retomada dos eventos, a criação de uma linha de crédito voltada para o setor e a garantia de uma renda mínima para as categorias até o fim da pandemia.
Em decorrência da pandemia do coronavírus, mais de 400 eventos em Salvador foram transferidos para os próximos dois anos e muitos outros estão cancelados, ainda sem data prevista para realização.
Um dos participantes do ato, que exerce a atividade de garçom há mais 40 anos, Reinaldo Rocha falou sobre suas reivindicações através do manifesto. "Queremos trabalho para o povo, voltar à vida ativa. Não podemos ficar nessa a vida inteira. Estamos parados desde fevereiro, sem nenhuma atividade. Nós temos casa, filhos e família. Queremos negociar essa nossa vida".
A passeata pela retomada do setor de eventos foi planejada e organizada pelos profissionais da área, seguindo todos os protocolos de segurança, como distanciamento social, uso de máscara e medição de temperatura no local, conforme as orientações dos órgãos de saúde.
Fonte: Atarde