Ao Correio, ela fala sobre a trajetória profissional, pandemia, política e, claro, música

Dona de uma das mais belas vozes da música popular brasileira, Gal Costa celebrará 75 anos hoje (26/9) com um show ao vivo e exclusivo. A live vinha sendo muito pedida pelos fãs da cantora desde o início da quarentena, especialmente depois que Caetano Veloso e Gilberto Gil, companheiros de Tropicália, se renderam a esse formato. A apresentação, com início às 22h, será transmitido pela TNT para todo o Brasil e pelo canal da emissora no YouTube para países da América Latina.

Na live, intitulada Gal 75, ela terá ao seu lado o guitarrista Pedro Sá e o tecladista Chicão, músicos integrantes da banda que a acompanha na turnê do espetáculo A pele do futuro, visto pelo brasiliense em 2019. A direção é de Marcus Preto, que também assina o roteiro. “Montamos um repertório que contempla os 55 anos de carreira de Gal, comemorados agora, ao mesmo tempo em que ela faz 75 de vida”, destaca. “O set dá destaque aos grandes hits das cinco décadas e meia, da Tropicália até os dias de hoje, que a nova geração abraçou também os trabalhos mais recentes da cantora. Também pescamos alguns lados B que vão dar o gosto de novidade para os fãs mais fiéis. E até alguma coisa que Gal nunca cantou antes. É um aniversário em vários sentidos, revendo o passado e também mirando o futuro”, acrescenta Preto.

Ao Correio, Gal deu uma longa entrevista na qual focalizou momentos de destaque da vitoriosa trajetória, como Nós por exemplo, o primeiro show, em 1964, no Teatro Vila Velha, em Salvador; a participação no Festival da Record, que a revelou para o Brasil, quatro anos depois; o antológico espetáculo Fa-Tal, no começo da década de 1970; além do fato de ter se tornado a porta-voz de Caetano e Gil durante o período em que os dois estiveram em Londres, exilados por imposição da Ditadura Militar. Ela também revelou o que tem feito em tempos de pandemia.

» Entrevista / Gal Costa

Você está comemorando 75 anos de existência, da qual a maior parte tem sido dedicada à música. Que avaliação faz da sua trajetória artística?

Creio que construí uma trajetória vitoriosa, ao lembrar de tantas coisas boas que fiz. Mas ainda pretendo fazer muito mais, pois nunca paro de criar.

João Gilberto foi fundamental na sua decisão de ser cantora?

Ser cantora era algo que desejava desde criança. Quando ouvi João Gilberto, com aquela sonoridade totalmente moderna, me senti influenciada, porque sempre fui apaixonada por tudo aquilo que ele propunha.

Que lembrança guarda de Nós, show que fez ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé e Maria Bethânia, na inauguração do Teatro Vila Velha, em Salvador, em 1964?

Foi uma experiência incrível, pois foi a minha primeira apresentação num palco e ponto de partida para a minha carreira.

Em 1968, ao cantar Divino maravilhoso, no Festival de Record, o Brasil tomou conhecimento de uma intérprete ousada. Que importância atribui à aquele momento para o futuro da sua carreira?

O Festival da Record foi marcante em minha carreira. Por meio dele, mudei radicalmente minha postura diante da música. Fã de João Gilberto, pouca coisa passava pelo meu crivo. Ao cantar Divino maravilhoso, fiz uma coisa que era o oposto de tudo o que fazia até então. Passei por uma grande mudança.

Com o exílio de Caetano Veloso e Gilberto Gil, imposto pela ditadura militar, você se tornou porta-voz dos dois e do movimento Tropicalista no Brasil. Como viveu aquela situação?

Lembrando daquela fase da minha carreira com distanciamento histórico, vejo que fui muito corajosa. À época, eu tinha uma certa ingenuidade e fazia as coisas movidas pelo coração, com muita saudade dos dois.

Naquele período, na condição de maior estrela da MPB, protagonizou o Fa-Tal, show antológico que entrou para a história da MPB. O que guarda na memória daquele espetáculo, posteriormente registrado em disco?

Aquele show foi um marco na minha carreira. Foi um show maravilhoso, superbonito e, até hoje, gosto de ouvir o registro em disco. Aliás, fui uma das pioneiras na gravação de disco ao vivo na música brasileira.

Caetano Veloso compôs e lhe presenteou com Flor do Cerrado, inspirado num dos maiores biomas da América do Sul. Como vê essa canção no seu repertório?

Embora não costume cantá-la em shows, gosto muito dessa canção. Recordo-me que conheci o Cerrado ao lado de Caetano, num encontro casual. Ele se inspirou no que viu e fez essa música para mim.

Praticamente todos os shows que tem feito ao longo da carreira foram apresentados em Brasília. Como sente a acolhida que lhe é dada pelo público da capital federal?

Me sinto muito bem acolhida em Brasília. Gosto da cidade, que é muito bonita. Sempre que inicio uma turnê, quero levá-la a Brasília.

Qual é a sua visão sobre a situação do país atualmente, nas áreas econômica, social e cultural?

Eu fico muito triste com tudo o que está acontecendo em todas as áreas. A pandemia só agravou, especialmente na área cultural, que foi a primeira a parar e deve ser uma das últimas a voltar.

Como está lidando com pandemia e o que tem feito nesta interminável quarentena?

Eu virei uma pessoa ainda mais caseira. Em casa estou me cuidando desde o início. Saí pouquíssimas vezes, apenas para fazer coisas essenciais e necessárias. Mas mesmo eu, que gosto de ficar em casa, estou sentindo a necessidade de sair um pouco. Tenho ficado com meu filho, meus cachorros, descansando, ouvindo música e assistindo a filmes.

Que expectativa faz em relação à live comemorativa?

Estou muito animada e feliz. Acho que a live veio na hora certa. Vou comemorar meu aniversário em grande estilo, cantando. O que amo muito fazer.

Gal 75

Live hoje (26/9), às 22h, com transmissão pela TNT para o Brasil; e pelo canal da emissora no YouTube, para a América Latina.

Fonte: Correio braziliense

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