Humorista alega, com uso de textos e áudios, que após confraternização em que Calabresa descreveu um assédio explícito, eles ainda teriam mantido contato amigável. Advogada rebate declaração

O humorista Marcius Melhem decidiu reunir mensagens entre ele e Dani Calabresa entre o período de 2017 a 2019 para "contrapor uma narrativa falsa" sobre as denúncias de assédio à humorista. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Melhem afirmou que eles mantinham uma amizade.

"Estou mostrando coisas que expõem a relação amistosa que temos. Não é expor uma suposta vítima. Estou mostrando que eu e a suposta vítima tínhamos uma relação no período que a revista diz que ela estava traumatizada comigo. É só para contrapor uma narrativa falsa", afirmou.

O humorista ainda citou as denúncias apresentadas em reportagem feita pela Revista Piauí, que detalhou assédio praticado por Melhem contra Calabresa em uma confraternização. O humorista disse ainda que alguns dias após o evento, parabenizou a colega em um grupo do WhatsApp.

Segundo Melhem, a humorista respondeu com um áudio agradecendo: "Chefe, estou mandando este áudio para agradecer a mensagem linda que você mandou no grupo. Todas as mensagens que você manda sempre de apoio e carinho. Nossa, você não tem ideia como fico feliz de saber que você me acha talentosa. Eu sou sua fã para caralho. Estou muito feliz de verdade. Te amo muito. Um beijo para as suas filhinhas lindas. Vamos para a Disney juntos".

No Twitter, o humorista compartilhou a matéria publicada pelo jornal e comentou: "Só pra deixar claro o que o título não diz: as mensagens são todas DEPOIS da festa. Quando, segundo a revista Piauí, ela estaria traumatizada".

A reportagem da Folha procurou a advogada Mayra Cotta, representante de Dani, que respondeu com uma nota sobre os comentários de Melhem: ""Objetiva intimidar não apenas uma vítima específica, mas outras que ainda permanecem protegidas sob sigilo e até mesmo testemunhas, como se isso fosse capaz de apagar os graves fator narrados e cuidadosamente checados com dezenas de pessoas citadas pelas matéria".

Fonte: Correio Braziliense