Mucuri: A nossa equipe de reportagem esteve na comunidade Oliveira Costa para acompanhar o projeto de Piscicultura Sustentável, mantido pela a empresa Suzano Papel e Celulose, que beneficia 70 famílias. O projeto tem se apresentado como uma alternativa de geração de renda para dezenas de famílias das comunidades de Mucuri/BA (Sede e região do Picadão da Bahia) e de Córrego do Macuco (distrito de Conceição da Barra/ES), que dedicam três dias mensais ao projeto e recebem, em média, cerca de R$ 620,00 (podendo variar de acordo com o valor de venda do peixe). As frentes deste projeto são divididas em três, sendo a comunidade de Mucuri, com 23 famílias; Oliveira Costa, com 35 famílias e a comunidade Córrego Macuco, com 12 famílias.
As famílias beneficiadas com o programa são escolhidas através de um cadastro de necessidade social individualizado. Após a seleção, a família recebe assistência técnica, treinamento e capacitação para trabalharem com piscicultura. Há uma estimativa de produção mensal em torno de duas toneladas (em taques rede). Hoje, a espécie de peixe que apresenta maior vantagem em seu cultivo é a tilápia. Com sua carne saborosa e firme, esse peixe se adaptou tão bem em nossas águas que representa 60% do pescado em viveiros no Brasil. Também, gera um bom negócio pelo curto ciclo, baixo custo de produção e grande aceitação no mercado. Além do comércio da carne, é possível vender o couro do peixe.
Nesse programa a assistência é prestada ao pescador da criação à comercialização. O projeto começou há aproximadamente seis meses com 23 famílias e atualmente atende 70 famílias. O objetivo da empresa é promover renda e sustentabilidade para comunidade, profissionalizando os pescadores. Eles recebem, ainda, a orientação técnica necessária em todas as fases de produção, inclusive na tecnologia de pós-colheita e comercialização. Um diferencial do projeto é seu viés ambiental, pois também trabalha a conscientização da conservação das matas ciliares e do uso sustentável dos recursos naturais.
Para o pescador Wilson Nascimento de 50 anos, o projeto trouxe infraestrutura para a comunidade. Já a dona Maria Lores, afirma que o projeto foi uma benção porque trouxe luz e água encanada para sua casa.
Por: Mariana Lopes/Liberdadenews