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Ramiro Guedes

FILME INQUIETANTE

O filme A nação do medo parte da premissa que a Alemanha venceu a 2ª Guerra Mundial, após repelir o ataque dos aliados no Dia D. A ação se desenrola em uma Alemanha fictícia dos anos 60, que estando em guerra com a União Soviética precisa se aliar aos Estados Unidos e deve receber o presidente americano para selar o pacto. Um oficial da SS, Xavier March (Rutger Hauer) começa a ficar intrigado com certos "suicídios" e "acidentes" e, com Charlie Maguire (Miranda Richardson), uma repórter americana, começa a investigar as mortes, que escondem uma verdade tão grave que pode comprometer a aliança.

A Alemanha nazista venceu a guerra, principalmente pela retirada dos EUA do conflito, sendo que o filme mostra a vida na Alemanha pós-guerra e no mundo inteiro.

Bom para se comparar à recente história de Teixeira de Freitas e do Brasil pós-golpe.

LEITURA MAIS QUE INQUIETANTE

Ali, na Rua Teixeira de Freitas, um irmão de Alceu Gonçalves montou um sebo de revistas e alguns livros, onde a gente consegue achar algumas preciosidades, entre elas algumas velhas edições de Tex. Outro dia, depois de sair do trabalho, esse escriba estava lá, garimpando alguma coisa. Depois de muito procurar, encontrei “O Vento frio do Passado”, livro de autoria do (para mim) desconhecido Thomas Gifford.

A leitura desse livro é por demais inquietante.

O VENTO FRIO DO PASSADO

O livro conta a história da tentativa mundial, por sobreviventes nazistas da segunda guerra e seus seguidores, de construção do IV Reich no mundo. Tramas, assassinatos e um enredo bem urdido e a inquietante revelação: esse livro pode não ser apenas uma obra ficcional. O nazismo sempre se assentou em dois pilares: a tentação ariana da raça pura e o autoritarismo do estado.

Há algum desses pilares em Teixeira de Freitas e no Brasil de hoje?

ERA UMA CASA...

Para começo de conversa, a casa onde estava parada a viatura da Polícia Federal não era a de João Bosco. É só comparar a foto inicialmente publicada e a que tiramos da casa de João. Isso dito, João Bosco afirmou a esse escriba: “no momento em que chegou ao meu conhecimento a irregularidade na licitação citada, anulei todo o processo e nada daquela licitação foi paga a quem quer que seja”.

Sempre é bom aguardar o resultado do inquérito para depois tecer as devidas considerações.

TEMPOS IDOS

Nem há muito tempo assim, jornais da Bahia, sob a influência e pressão do velho ACM, praticavam o feio hábito de, nas grandes festas do Estado ou de Salvador, omitirem os dados reais da violência nesses eventos.

Teríamos voltado aos velhos tempos?

SAÚDE

Esse escriba esteve conversando com um membro do Conselho Municipal de Saúde e este afirmou que o Conselho está sendo desrespeitado pela municipalidade na questão de terceirização da saúde. Em resolução, o Conselho votou por não haver terceirização em caso algum, por isso desrespeitar, inclusive, orientação do Ministério Público. Obedecendo ao MP, a prefeitura cancelou o convênio com a PROVIDA mas, imediatamente e sem qualquer comunicação ao Conselho, contratou, sem licitação, a Empresa S3 Estratégia e Soluções para gerir a saúde municipal.

O impasse está criado.

O DEPOIMENTO DE LULA

Marcado para o dia 10 de maio, 4ª. Feira, o depoimento de Lula ao juiz Sérgio Moro toma ares de Fla x Flu. Agora mesmo, veio uma determinação de uma juíza, proibindo que simpatizantes do barbudo montem acampamento em Curitiba. Isso, depois de permitir que até o dia 6 de maio, os simpatizantes de Moro estivessem acampados bem próximo ao Tribunal.

Será essa a medida da justiça?

GRAVAR OU NÃO GRAVAR

A briga entre Moro e os advogados de Lula para que houvesse uma gravação outra do depoimento do ex-presidente se resolveria se tudo fosse transmitido ao vivo. Muita gente diz que Lula está com medo da gravação e faz sentido: Moro vazou para a Globo tudo que podia vazar sobre Lula, inclusive conversa dele, Lula, com Dilma. Mais: Moro liberou para que os advogados de Ricardo Pessoa, que depôs na sexta-feira, dia 5, gravassem o depoimento de Pessoa.

Não são dois pesos e duas medidas, naturalmente contra Lula?

FECHANDO A NICA COM DENIS DIDEROT

“Uma palavra grosseira, uma expressão bizarra, ensinou-me por vezes mais do que dez belas frases”.

“Aquele que contigo fala dos defeitos dos demais, com os demais fala dos teus”.

“A ignorância não fica tão distante da verdade quanto o preconceito”.

“Ter escravos não é nada, mas o que se torna intolerável é ter escravos chamando-lhes cidadãos”.

CORRESPONDÊNCIA

Senhor Unforgiven: se o senhor quiser fazer uma coluna, procure os meios próprios. Fazer uma coluna dentro da NICA, nem pensar. Volte quando quiser, mas com um assunto de cada vez