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Ramiro Guedes

O VELHO BARDO

Em qualquer tempo, em qualquer situação, sempre é bom ler Shakespeare. Macbeth, por exemplo:

“Nada está ganho, tudo está perdido, quando o desejo fica mal servido: ser destruído é melhor do que ter, no destruir, o medo do prazer.

É a expectativa que nos deixa confusos, não a ação”.

LÁ EM CURPIOBA MIRIM

Nosso correspondente em Curpioba Mirim, Sóstenes Cauim, agora deu para escrever em um site local, o famigerado Zé das Tochas. O site traz como lema “O que os outros não trazem, A Tocha traz”. Pois Sóstenes fez alentado artigo onde trata de mais uma da administração da prefeita Brígida Campolargo. O caso é da contratação e locação de veículos pela Prefeitura. Verbera Sóstenes que só nesse 2017 a licitação para as tais locações foi orçada em 50 milhões de reais. Na matéria, nosso correspondente faz algumas indagações. Uma delas é como uma Prefeitura, que não tem dinheiro para a Saúde e para a Educação, que vê as ruas da cidade comidas pelos buracos, com quase nada funcionando, tem dinheiro para gastar 50 milhões com locação de veículos. Outra: por que apenas 4 empresas participaram de licitação tão rica? Mais uma: a licitação é apenas para 2017, o que, supõe-se, levará a Prefeitura a gastar, até o final da gestão, algo em torno de 200 milhões de reais.

Ainda há mais perguntas.

AS PERGUNTAS EM CURPIOBA

Outra pergunta de Sóstenes sobre a locação de veículos pela Prefeitura de Curpioba Mirim: não seria mais econômico comprar os veículos? Cauim ainda aponta indícios de malversação nos termos da licitação: cláusulas restritivas de competitividade, descritivos mal formulados ou direcionados, a marca/modelo de veículos sem quaisquer justificativas, utilização de empresas que estão com portas fechadas para cotação, preços ofertados com indícios de superfaturamento em relação ao preço real de mercado, utilização de laranjas na razão social das empresas e outras.

Sóstenes pergunta: será que esse absurdo vai passar impune pelos tribunais?

Respostas à Redação

REPRESENTAÇÃO

Continua rendendo a questão entre o advogado capixaba Manoel Louback Vieira Jr. e o Procurador Geral do Município de Teixeira de Freitas, Dr. Paulo Américo Barreto da Fonseca. A questão se originou quando o advogado conseguiu um despacho do juiz teixeirense, bloqueando o pagamento da Prefeitura à S3, empresa gestora da saúde na UPA, no HMTF e na UMI. O bloqueio se deu pelo rumoroso caso do senhor que esteve em morte cerebral no HMTF por 3 dias, com os médicos ocultando a situação real do paciente à família. Feito o bloqueio, o advogado se dirigiu ao escritório do Dr. Paulo Américo, para urgenciar a intimação ao Procurador Geral do Município ou ao Prefeito, no caso, representando o município. Narra o advogado que, a chegar no escritório do Dr. Paulo Américo, foi recebido por ele, Paulo Américo, de maneira agressiva e com palavras que davam a entender uma intimidação.

Sigamos o caso

A PUGNA JUDICIAL

O advogado diz, que, se sentindo ameaçado, foi a São Mateus, pediu a companhia de dois policiais militares como seguranças e retornou a Teixeira de Freitas, procurando o Dr. Paulo Américo, não conseguindo falar com ele. Nesse ínterim, Louback Junior foi contatado pelo Delegado, avisando que o Dr. Paulo Américo estava na delegacia, se queixando de

perseguição. O advogado foi apara a Delegacia esclarecer que não invadiu o escritório do procurador e que apenas queria conversar com ele, para entender se havia alguma ameaça ou não. Como não houve encontro possível, o advogado, na segunda – feira, dia 14 de agosto, registrou, junto ao Delegado de Polícia do 1º. Distrito Policial, representação criminal contra o Dr. Paulo Américo, onde pede a apuração dos fatos e encaminhamento de denúncia ao Ministério Público.

Resultado: o advogado Manoe Louback acusa o procurador geral de ameaça e o procurador acusa o Dr. Manoel da mesma falta.

São esses os fatos.

A VERDADEIRA PERGUNTA

Deixando de lado a pendenga jurídica entre Louback e Paulo Américo: o fato principal da história, o que precisa ser esclarecido, foi o fato de um cidadão quedar-se em morte cerebral durante 3 dias, com profissionais da medicina ocultando o fato, negando-se a transferir o doente para outro Hospital. A família acusa o HMTF de negligência e de ocultar uma situação real: o cidadão já estava em morte cerebral quando foi negada a transferência, sob alegação de que o outro hospital (SOBRASA, no caso) afirmara que não havia vaga, o que depois foi desmentido pelo próprio SOBRASA.

Essa é a pergunta principal: o que de fato aconteceu nesse caso tão escabroso, com ocultação do óbito do cidadão? A coluna está à disposição do Hospital para quaisquer esclarecimentos.

A META DA NOVELA

Até o momento em que fechávamos essa coluna, o governo ilegítimo de Temer ainda não havia conseguido fechar o valor da meta fiscal, se 139, se 159 ou se 170 bilhões. O rombo anda por aí e nem dimensioná-lo o governo consegue.

É muito dura a vida do ilegítimo.

FECHANDO COM EROTISMO

“Por que não há padaria

Que em vez de pão

Me venda seios

Logo pela manhã?

As virilhas dela

As virilhas delas

São maravilhas:

Maravirilhas.” (Francisco D’Avenida)