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Nas últimas semanas tenho carregado duas agendas. A de 2011 e a de 2012. Sim, eu ainda uso agendas de papel! Considero-as mais seguras que qualquer engenhoca eletrônica, mesmo sendo defensor e consumidor da tecnologia moderna. Mais do que registrar tarefas ou compromissos, meu prazer mesmo é riscar cada item, quando cumprido.

 

A “velha”, de 2011, tem uma capa bonita, nas cores preto e marrom com todas as suas páginas rabiscadas. A nova, mais fininha, tem uma mescla de cinza com preto, na capa. Em ambas, por puro gosto pessoal, as páginas são amarelinhas. Na de 2012 já estão inseridos contatos e uma série de compromissos confirmados.

Eu me apego facilmente às agendas. Guardo todas elas. Às vezes a antiga acompanha a nova nas primeiras semanas de janeiro. São verdadeiros diários que registram marcas, memórias e lembranças. Às vezes doloridas e difíceis, que precisam ser esquecidas. . . Em cada página, indelevelmente, está um pouco da minha vida.

Por outro lado, a agenda nova com suas páginas “em branco”, aponta desafiadoramente para a liberdade e responsabilidade que tenho de registrar não apenas compromissos e tarefas, mas escrever, como quiser, a minha própria vida. Deus não define ou escreve por mim, mesmo sabendo antecipadamente o que vou escrever. Ele respeita as minhas decisões.

Este é o último dia útil de 2011. Hora de aposentar a velha agenda. De alguma forma tentar esquecê-la e, como escreveu Paulo, avançar para o que está adiante (Filipenses 3:13 e 14). Porém, aí é preciso orar, como Moisés, as palavras do Salmo 90:12, “ensina-me a aproveitar a vida, a viver bem e sabiamente” (versão  AM).


E mais: faça-me suficientemente humilde e dependente da graça para escrever, em cada nova página, somente aquilo que Te agrada, ó Senhor. Amém!


Por: Flávio Guimarães