Teixeira de Freitas: Em contato com o presidente da APRATEF (Associação dos Praças Policiais Militares do Extremo Sul), o soldado Clerisvaldo Macedo, foi questionado a responsabilidade do Estado sobre a atual configuração do Plantão Regional, na tentativa de suprir a falta de delegados nos plantões das cidades pertencentes à 8ª COORPIN, aos finais de semana. Fato que vem obrigando o policial militar a se deslocar por até 320 quilômetros para a apresentação de indivíduos que praticam delitos em suas respectivas cidades e precisam ser flagranteados em Teixeira de Freitas.

Macedo nos informou que já está se movimentando no intuito de tentar resolver essa situação, e que inclusive já foi convidado por algumas rádios da região para falar sobre o assunto, do ponto de vista dos PM's associados. "Já encaminhamos ofício com as reclamações para OAB, Câmara de Vereadores, CDL, Ministério Público, Prefeituras e Lojas Maçônicas. Peço a todos que se solidarizem pelos colegas das cidades que estão nessa situação. Não somos culpados pela falta de efetivo da Polícia Civil".

Ainda segundo Macedo, "todas as cidades que compõem a 8ª COORPIN serão visitadas, fazendo com que nossos reclames alcancem o nível suficiente para a solução do problema". Essa problemática do Plantão Regional já foi levantada por nossa equipe de reportagem, e essas declarações só reforçam os questionamentos feitos na matéria: Plantão Regional da 8ª COORPIN gera insegurança nas cidades e transtorno às vítimas: entenda, quanto à eficácia deste Plantão.

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Segundo o delegado coordenador da 8ª COORPIN, Marcus Vinicius, existe uma carência de efetivo na Polícia Civil, problema que tende a ser minorado com o concurso em andamento. E que existe uma jornada de trabalho dos Servidores, em horário administrativo (08h às 12h e das 14h às 18h), e em regime de plantão (24/72hs). Ainda segundo o delegado, a recente criação do Plantão Regional, em todas as sedes de Coordenadoria, visou justamente assegurar a existência de um serviço, que anteriormente era realizado por profissionais fora de sua escala de trabalho.

“Portanto, entendemos que existe a necessidade de compreendermos bem o problema, fazendo os ajustes necessários ao bom andamento dos trabalhos”, disse o delegado. Em contrapartida, o presidente da APRATEF disse que sabe que a culpa não é do coordenador, nem dos delegados da Coordenadoria. Mas ressalvou que nem os policiais civis nem os policiais militares da região devem pagar o preço pela defasagem de efetivo, tanto da Polícia Militar, quanto da Polícia Civil.

“Estamos sofrendo com o problema tanto quanto. O que não podemos é nos calar e deixar as coisas procederem desta forma. Acreditamos na solução pacífica para este e tantos outros problemas. Mas vamos admitir, uma dupla de policiais ter que se deslocar por até 320 quilômetros para apresentação de presos é um absurdo”, finalizou Macedo. 

Por: Edvaldo Alves - MTb 5115/BA/Liberdadenews