Teixeira de Freitas: As investigações sobre um suposto esquema de falsificação de documentação de veículos foram iniciadas nesta segunda-feira, 7 de janeiro, pela equipe de policiais comandada pelo delegado titular de Teixeira de Freitas, Marco Antônio Neves.

Após quase seis meses após a compra de uma motocicleta modelo CG 125, placa JRW 4873, Fabrício Pereira Paixão descobriu que o veículo possuía uma restrição de roubo. Na noite da última segunda-feira, Fabrício recebeu a visita de policiais militares que procuravam pelo veículo. De acordo com os policiais, a central da PM foi informada pela 24ª Ciretran que a moto apresentava restrição de roubo no município de Alcobaça.

O curioso é que o roubo aconteceu em 2012, no entanto, no momento da venda para Fabrício, a moto não possuía nenhuma restrição, segundo informações levantadas junto ao Detran.

Continua depois da publicidade

A moto foi vendida a Fabrício por Paulo da Silva Soares, que alega ter adquirido o veículo em Nova Tribuna, na mão de um homem identificado por Adalto.

Apenas com o DUT, Paulo disse ter tentado transferir o documento da moto para Fabrício, foi quando encontrou na 24ª Ciretran um ex-funcionário do departamento e agora despachante, Maury Ferreira de Carvalho Júnior, que cobrou R$ 300 para fazer o serviço de transferência.

Paulo disse não saber como Júnior teria feito a transição de nomes do antigo dono para o comprador Fabrício. “Eu fiz como todo mundo faz, entreguei o DUT a ele que me garantiu a entrega do documento”, contou.

Todo o problema, segundo a polícia, foi o modo como o documento foi passado para o nome do novo comprador. De acordo com o delegado Marco Antônio, o esquema teria funcionado da seguinte forma: Júnior, o despachante, pediu uma segunda via do documento da moto, no entanto, ele teria usado os dados de outro veículo. Com a segunda via em mãos, sem a presença do verdadeiro dono, Júnior supostamente reconheceu firma em cartório e fez com que outra pessoa falsificasse a assinatura para que, então, o documento passasse a ter como titular o comprador Fabrício Paixão.

Em depoimento na tarde desta terça-feira, Júnior negou as acusações e disse que tudo teria sido feito dentro dos tramites legais, segundo ele afirmou que, toda acusação teria partido por conta de algo pessoal com o denunciante que ele não informou o nome.

O inquérito policial que investiga o caso está sob a responsabilidade do delegado Marco Antônio, que deve ouvir mais envolvidos na transição da titularidade do documento da moto dentro dos próximos dias.

Por: Sulbahianews