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Teixeira de Freitas: Movimentos sindicais de Teixeira já deram início aos protestos contra a Reforma da Previdência. No “Dia internacional da mulher” foi realizado na Câmara Municipal de Teixeira de Freitas uma solenidade comemorativa, com a entrega de flores e certificado de agradecimento para algumas mulheres, convidadas da comunidade. Na ocasião, sindicalistas presentes no local, discretamente chamavam a atenção dos convidados, para a gravidade do projeto de Reforma da Previdência, proposta pelo governo Michel Temer (PMDB), que prejudicará a todos, principalmente as mulheres.

Foram fixados banners e faixas de protesto na entrada da Câmara e distribuindo discretamente cartilhas com esclarecimentos sobre o assunto. Os conscientizadores ligados às centrais CUT, FORÇA, UGT, CTB alertavam os presentes no evento, sobre as consequências de uma eventual aprovação da Reforma. Na vigência atual, a idade mínima exigida pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para concessão do benefício é de 60 anos para mulheres. Com a reforma homens e mulheres terão de trabalhar até os 65 anos de idade, e contribuir por 45 anos, para requerer a aposentadoria.

Aos trabalhadores da zona rural, a mudança vai acrescentar, mais cinco anos de trabalho e um maior tempo de contribuição para homens e mulheres, que tal como as trabalhadoras urbanas, também terão a idade mínima exigida igualadas. De acordo com Cleiliane dos Santos Salvino, da Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Teixeira de Freitas, e do grupo que protestou na câmara na noite do dia 08/03/17, a proposta do governo atual não considera a dupla jornada de trabalho da mulher que, além de trabalhar fora, ainda é responsável com os serviços de casa.

“A questão de gênero deve fazer parte das discussões para evitar um aprofundamento das desigualdades existentes entre homens e mulheres. Por isso, esperamos estar mobilizadas para a manifestação do dia 15”. A mobilização que a Cleiliane se refere, será realizado dia 15 de março, na Praça dos Leões, a partir das 08h00, e contará com a participação dos principais sindicatos locais. Espera-se que milhares de cidadãos compareçam em massa para dizer NÃO à Reforma Previdenciária, que dentre outras coisas, vai retirar sobretudo das mulheres, direitos adquiridos com muita luta ao longo do tempo.

Antes de finalizar o evento os manifestantes deixaram na Câmara, faixas de protestos, que permaneceram afixadas no local.

Por: Daniel Rocha