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Itabela: Uma série de imprudência é apontada pela Polícia Civil como causa do acidente que matou oito pessoas e deixou uma gravemente ferida, às 3h30 da madrugada deste domingo (30), na BR-101, no município de Itabela. O carro modelo Pálio transportava quatro pessoas além da capacidade máxima permitida pelo Código Brasileiro de Trânsito. Além disso, o motorista não possuía Carteira Nacional de Habilitação (CNH), estava em alta velocidade e os pneus do veículo estavam desgastados. Para os policiais, foi uma tragédia anunciada. 

A confirmação oficial dos nomes das vítimas, feita somente no começo da noite, também deixou as autoridades em segurança perplexas: entre os mortos havia três garotas de 13 e 14 anos. O grupo de amigos, que morava em Itabela, estava vindo, segundo as investigações, de uma festa.

 ALTA VELOCIDADE - A perícia constatou que o motorista do Pálio, Rodrigo da Silva Santos, 26 anos, que havia comprado o carro no dia anterior, perdeu o controle da direção em uma curva e bateu de frente com uma carreta dos Correios. A batida foi tão forte que o Pálio entrou debaixo do cavalinho da carreta, que subia um aclive em meia velocidade. "Sem apoio no solo e pela força do impacto, o cavalinho pendeu para um dos lados da pista, arrastando o Pálio e a carga juntos para o acostamento, caindo nos matos", relatou um policial.

APENAS UM SOBREVIVEU - Além de Rodrigo, também morreram no acidente Sidiane de Jesus Lopes, 13 anos, Emilly Gomes Santana, 14, Marlene Santos Nascimento, 14, Mateus Souza Santos, 18, Marciel Silva de Jesus, 18, Ianka Souza Lima, 21, José Carlos Jesus Gonçalves, 32 anos. Ezequiel Santos Santana, de 19 anos, está internado em estado grave no Hospital Regional de Eunápolis.

O motorista da carreta, cujo nome não foi divulgado, passou por teste de bafômetro, mas o resultado foi negativo, informou a polícia. Ele não ficou ferido. A polícia divulgou também que o motorista do Pálio, além de não possuir CNH, já tinha sido preso por tráfico de drogas e associação para o tráfico e porte ilegal de arma de fogo.

Nas guias de necropsias individuais expedidas pela polícia, foi solicitado, inclusive, teste de alcoolemia nos mortos e no sobrevivente. Os dois veículos já foram periciados. A carreta foi liberada com o aval da Polícia Técnica, em função da carga que transportava.

Fonte: Radar64