Imprimir

Brasília: No primeiro encontro com a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), após a polêmica em relação ao aborto durante a campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff foi poupada de cobranças em relação ao tema.

 

De acordo com o presidente da entidade, dom Geraldo Lyrio Rocha, o assunto não foi tratado no encontro realizado na tarde desta quinta-feira

(17) no Palácio do Planalto.


Durante a campanha, um braço da CNBB, a Regional Sul 1, chegou a distribuir panfletos pregando voto contrário a quem defende a descriminalização do aborto e com críticas ao PT.


A polêmica, que passou a nortear a disputa entre Dilma e José Serra (PSDB) no segundo turno, levou a então candidata petista a prometer que, se eleita, não proporia alterações de pontos que tratem da legislação do aborto.


De acordo com o arcebispo, ele levou uma pauta de preocupações da CNBB relativas às reformas política e agrária e às mudanças no Código Florestal, além de propostas de parcerias para a erradicação da miséria e outros trabalhos sociais.


O secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, que também participou da audiência com Dilma, contou ter se reunido ontem, a convite da CNBB, com a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos).


Segundo Barbosa, o PNDH-3 (Plano Nacional de Direitos Humanos) também foi abordado. Na primeira versão do plano, posteriormente alterada, a descriminalização do aborto estava presente.


No entanto, dom Dimas disse que a questão do aborto não foi objeto de discussão específica. "Me parece que esse tema [aborto] já foi encerrado durante a campanha", declarou.


Informações da Folha