Lajedão: Nossa equipe de reportagem vem recebendo inúmeros pedidos de ajuda para cobrarmos das autoridades uma solução para os problemas da falta de água na cidade. A estiagem que afeta toda a região causou o esgotamento das barragens dos riachos Fritz e Sete de Setembro. Desde setembro de 2015, a Embasa passou a captar água em três poços que são operados alternadamente devido ao rebaixamento do lençol freático, ocasionado pela falta de chuvas.
A continuidade da estiagem esgotou um dos poços e os outros dois estão com vazão insuficiente, o que levou a Embasa a perfurar mais dois poços sem êxito. O abastecimento da sede municipal é complementado pela água proveniente da Estação de Tratamento de Água de Medeiros Neto, a 40 quilômetros de distância. A água era transportada em carros pipa e armazenada no reservatório do sistema de abastecimento da cidade, onde era clorada e distribuída normalmente para as residências.
Porém, a Embasa não estava pagando a empresa dos carros pipa, então, pararam de abastecer. E a informação que nossa equipe de reportagem teve essa semana, é que agora estão com outro carro pipa, porém com 7 mil litros, o que não abasteceria nem 7 casas direito, ou seja, insuficiente para atender à demanda. E o resultado de tudo isso é moradores sem água nas torneiras há mais de mês. Nossa equipe esteve no reservatório onde vimos de perto a represa seca e a barragem do reservatório da Embasa, onde fica a estação de tratamento, estava quebrada.
Porém, hoje a maior reclamação da população, que além de não receber o líquido precioso, a empresa tem coragem de mandar a conta cobrando valores exorbitantes. Tem morador que também está recebendo conta na calada da noite. "Recebi a conta às 23h00, sei que por lei isso não é permitido, quero saber por que não entregam a conta no horário comercial, e pior, porque continuam cobrando se não tem água? Minha conta está chegando muito mais cara. Não tenho condições de pagar”, indignada falou a moradora Ana Paula.
Além de não ter o serviço prestado adequadamente, de haver cobranças exorbitantes nos valores, caso não paguem, os moradores ainda terão seus nomes negativados. No Centro da cidade existe um chafariz com água natural, que supri parte da necessidade da população. "Isso é um sofrimento, passamos o dia todo pegando água, carregando baldes, garrafas e no final do mês a conta chega, cobrando o serviço que não está sendo oferecido. Na minha casa já tem um mês que não cai água na torneira, estamos pedindo socorro", declarou o morador Bento Pereira.
Todas as reivindicações foram passadas para o gerente geral da Embasa, José Claudemiro, e também para a assessoria do governador Rui Costa, que até o fechamento desta reportagem não deram nenhuma posição.
Por: Mirian Ferreira/Liberdadenews