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Um homem de 24 anos foi preso em flagrante, em Eunápolis, durante a “Operação Underground” de combate à pornografia infantil na Internet, deflagrada pela Polícia Federal, na última quinta-feira (27). Por se tratar de um crime que envolve menor de idade, a polícia divulgou apenas as iniciais (K.J.F.S.) do acusado – com o intuito de preservar a identidade das vítimas, como recomenda o Estatuto da Criança e o adolescente.

De acordo com a polícia, durante a operação 18 pessoas foram presas na Bahia, São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão preventiva, todos expedidos pela 8ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

Com o homem preso em Eunápolis, os policiais federais encontraram um aparelho celular comprovando a posse e o compartilhamento de fotos e vídeos com cenas de sexo explícito e pornográfico envolvendo crianças em grupos de aplicativos de celular.

Ainda segundo as informações, durante as buscas foram obtidas provas de que o acusado também abusava sexualmente de dois sobrinhos, de cinco e nove anos, sem o conhecimento do restante da família, chegando a produzir filmes caseiros com as crianças. Os vídeos foram divulgados nos grupos de pedofilia de que ele participava. Foi instaurado um inquérito na Polícia Federal de Porto Seguro e o Conselho Tutelar de Eunápolis já foi acionado para prestar o devido amparo à família dos menores.

O acusado foi encaminhado para o presídio de Eunápolis. A reportagem do não teve acesso ao nome dele, pois o processo corre em segredo de justiça.  A Polícia Federal reforça que a publicação de imagens de sexo explícito ou pornografia envolvendo criança ou adolescente é crime com pena de três a seis anos de reclusão (art. 241-A do Estatuto da Criança e Adolescente). Já o estupro de vulnerável tem como pena a reclusão de oito a 15 anos (art. 217-A do Código Penal).

ALERTA – Em nota, a Polícia Federal ressaltou ainda que pais e responsáveis devem estar sempre atentos aos conteúdos acessados pelos filhos na Internet, sobretudo na utilização de redes sociais (como Facebook, Whatsapp, Telegram e Twitter). “Infelizmente, a violência sexual contra menores costuma ser praticada por pessoas da família, razão porque os pais também devem prestar atenção aos possíveis sinais de abuso, como a mudança de comportamento, sono alterado, proximidade excessiva de outras pessoas sem supervisão, regressão (a criança recorre a comportamentos infantis que já tinha abandonado), segredos, alterações repentinas de hábitos, marcas físicas, entre outros”.