Imprimir


Brasil: O número de pessoas que acessaram a internet no Brasil aumentou em 12 milhões em um ano. Foram 67,9 milhões de brasileiros de 10 anos ou mais que declararam ter usado o recurso em 2009, crescimento de 21,5% em relação ao ano anterior.


Apesar dos avanços, não são poucos os obstáculos no país à inclusão digital, como as desigualdades regionais no acesso e o alto preço da banda larga no país – tarefas pendentes para a gestão da nova presidente, Dilma Rousseff (PT).


Dilma prometeu levar banda larga a 75% do país até 2014, por meio de ação iniciada no governo Luiz Inácio Lula da Silva, o Plano Nacional de

Banda Larga (PNBL).


Uma das principais medidas do PNBL é a reativação da estatal Telebrás, para aproveitamento de redes ociosas de fibra ótica da União e venda de conexão barata a provedores associados. O governo quer que as empresas ofereçam conexão de até 512 Kbps por até R$ 35.

 

No entanto, para Rodrigo Baggio, fundador e diretor-executivo do Comitê para a Democratização da Informática (CDI), não basta proporcionar apenas acesso, mas também capacitação.


“É preciso dar treinamento para que a população utilize a web de forma qualitativa, para também produzir e gerar conhecimento”, afirma.

Desafio que inclui, avalia Baggio, o fortalecimento das lan houses como espaços sociais de educação e troca de experiências, e não apenas de compra e venda de acesso. A estimativa do CDI é que existam 110 mil desses centros no país.


Em 2009, as lan houses foram o segundo local de acesso mais citado pelos internautas no país, com 45% das menções, atrás apenas do domicílio, com 48%, apontou a Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação no Brasil (TIC Domicílios).


Entre ações que podem ajudar o setor, Baggio cita incentivos fiscais para formalização das lan houses e a derrubada de leis que prejudicam o negócio, como uma norma aprovada em Natal (RN) que proibia a instalação dos centros a menos de 500 metros de escolas.


“É preciso trazer as lan houses para a legalidade. Como um empreendimento ilegal pode captar recursos?”, reforça o coro Alexandre Barbosa, gerente do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br).


Por: Thiago Guimarães/G1

{jcomments on}