Teixeira de Freitas: No fim da tarde desta sexta-feira, 03 de outubro, a Justiça Eleitoral, sob o comando do Juiz Eleitoral Dr. Argenildo Fernandes, foi atender a uma denúncia de que um órgão público estaria sendo usado para a festa de uma candidata. O Juiz, juntamente com o chefe do Cartório Eleitoral, Bruno Guarino, e com o apoio da 8ª COORPIN, coordenada pelo Delegado Chefe, Dr. Marcus Vinicius e do delegado titular, Dr. Kleber Gonçalves, além de uma guarnição da 1°CIA, foram até a Secretaria de Serviços Extraordinários da Prefeitura Municipal de Teixeira de Freitas, onde ao abrirem o portão, foi encontrado diversos servidores públicos da área da limpeza (garis), em uma comemoração.
Ao notarem a chegada do Juiz, juntamente com a polícia, alguns se assustaram, provocando uma agitação, que foi rapidamente controlada. O juiz encontrou um cenário enfeitado, com balões coloridos, e um bolo, acompanhado de diversos refrigerantes. Ao revistarem o local, o juiz encontrou escondido embaixo da mesa do bolo, uma grande quantidade de “santinhos” da candidata a deputada estadual, “Erlita (PT)”. Os agentes da Justiça Eleitoral, juntamente com investigadores da Polícia Civil, em revista as dependências da secretaria encontrou outros materiais políticos, alguns jogados recentemente no lixo. Todo o material foi apreendido, e encaminhado até a sede da 8ª COORPIN.
Alguns servidores públicos foram convidados até a delegacia para esclarecimentos. Todos os servidores foram ouvidos pela delegada plantonista, Dr.ª Rina Andrade, e em seguida foram liberados. A candidata, segundo o juiz, se prontificou a ir à delegacia de forma espontânea para prestar esclarecimentos. O juiz negou o boato espalhado na cidade de que a candidata à deputada teria sido presa. Nossa equipe ouviu uma das servidoras que foi conduzida até a delegacia, e a mesma afirmou: “Sempre acontece essas festinhas na secretaria, a turma se junta para comemorar o aniversário de colegas. Semana passada teve um almoço, e isso ninguém fala”, esclareceu a servidora.
Ainda segundo a servidora, ninguém nunca foi até o órgão para pedir voto, até porque o secretário proibiu qualquer manifestação política na referida secretaria. Todos foram liberados, mas o material continuará apreendido. O juiz eleitoral disse que o acontecimento não se caracteriza crime eleitoral, mas sim uma irregularidade, baseada no artigo 37 da Lei Eleitoral, e que será encaminhado ao Procurador da Justiça Eleitoral, que deverá se pronunciar sobre o caso e é quem tem a competência para o julgamento do mérito. O Juiz Dr. Argenildo, afirmou que a Justiça Eleitoral segue acompanhando de perto todas as denúncias que são encaminhas ao Cartório Eleitoral, ou até mesmo ao disk denúncia (73) 9154 0006.
Nossa equipe de reportagem, buscando sempre a verdade dos fatos, gravou um vídeo na noite desta sexta-feira (03), onde o Juiz Eleitoral, Dr. Argenildo Fernandes, fala sobre os desdobramentos das investigações feita pela Justiça Eleitoral. O juiz esclareceu a toda imprensa presente, todos os procedimentos feitos, e afirmou que ninguém foi preso, nem detido. Segundo o juiz, a vereadora e candidata, negou que estaria na referida secretaria em campanha. Ainda segundo o magistrado, está sendo feito todo um trabalho de prevenção e investigação nesta reta final das eleições. Coibindo assim o crime de “boca de urna”. E indagou que todos flagrados nesta prática, ou demais crimes eleitorais, serão detidos.
Por: Rafael Vedra/Liberdadenews