Teixeira de Freitas: Os Oficiais de Justiça de todo o país mostraram na manhã desta terça-feira, 18 de novembro, a indignação da classe com a morte do Oficial Francisco Ladislau Neto, morto no último dia 11 de novembro, na cidade de Barra do Piraí/RJ. Em Teixeira de Freitas, Oficiais da Justiça do Trabalho, Oficiais Estaduais e Federais, se reuniram na frente do Fórum de Teixeira de Freitas, na Avenida Presidente Getúlio Vargas, onde seguraram uma faixa que dizia: “QUEM EFETIVA A JUSTIÇA NÃO PODE SER VITIMA DE INJUSTIÇA E VIOLÊNCIA”, e junto à frase, a foto do Oficial Francisco.
Os Oficiais citaram que os problemas do Oficialato brasileiro são basicamente os mesmos em todos os Tribunais. O mais grave é a questão da insegurança, já que eles cumprem mandados de citação, intimação, penhora, arresto, busca e apreensão de bens e de pessoas, dentre outras atividades que põe os profissionais em riscos, já que atuam em todas as esferas do Poder Judiciário e em todas as matérias, Cível e Penal. O jovem morto no último dia 11 do corrente mês foi assassinado enquanto exercia o seu trabalho, sendo alvejado por 02 disparos de arma de fogo.
O aumento de crimes contra os Oficiais em exercício da função vem crescendo anualmente, o que fez com que a classe tomasse essa atitude. Já que os Oficiais não possuem porte de arma funcional, e quando estão em serviço não usam coletes a prova de bala, e tão pouco, existe uma politica de segurança para os mesmos. A morte do Oficial Francisco Ladislau provocou a revolta entre os integrantes do cargo, que agora se mobilizam em todo o país, a fim de conscientizar a sociedade acerca do funcionamento das atividades externas do Poder Judiciário.
Os oficiais esperam que com esse ato, possa alertar as autoridades para a importância da classe, que como a Oficial Fabiana Freitas ressaltou: “Nós somos as pessoas que levam justiça ao cidadão. Informamos acima de tudo. Às vezes a pessoa não sabe que existe uma ação contra si, e nós levamos essa informação. E nossas vidas estão em risco, pois perdemos um colega, que foi morto covardemente, quando exercia o trabalho, que assim como ele, nós fazemos diariamente’’. Esse foi o primeiro ato de conscientização social e advertência aos Tribunais, para que os gestores possam repensar o tratamento que vem dispensando aos seus Oficiais.
Por: Rafael Vedra/Liberdadenews