Teixeira de Freitas: Chega o verão, principalmente nos fins de semanas, a população busca lazer e entretenimento às margens dos rios, represas, piscinas e mares nos períodos de dias ensolarados. Com isso, o Corpo de Bombeiros inicia a campanha para que os banhistas tenham mais cuidados e atenção quanto aos riscos de afogamento.
Segundo o Subcomandante do Corpo de Bombeiros, o Tenente Raimundo Rodrigues de Oliveira, de 2006 [quando o Subgrupamento chegou à Teixeira de Freitas] à 2012, foi registrado uma média de 11 afogamentos por ano. Em 2012 ocorreram 10; 2013 caíram para 04 e 2014 foram 05. “Lembrando que estes números são correspondentes aos que nos são comunicados, e que auxiliamos de alguma forma. Mas, não ficamos sabendo de todos os afogamentos, já que a própria família faz o resgate. Ou seja, nossa preocupação é que os números sejam ainda maiores”, explica o subcomandante.
A campanha para prevenção contra os acidentes por afogamento iniciou em 2013, com o apoio da Prefeitura Municipal, Secretaria de Segurança e Cidadania, Secretaria de Meio Ambiente, Defesa Civil e a imprensa. Foram instaladas 28 placas de sinalização de advertência e proibição em pontos estratégicos, além de palestras nas escolas por meio do projeto desenvolvido pelo Sargento Jamildo Vilas Boas.
O Subcomandante Oliveira considerou o fim de ano e começo de 2015 trágicos, já que no dia 26 de dezembro de 2014 foi registrado um afogamento próximo à Parada do Pedrão, onde um jovem de 26 anos faleceu; dia 29/12 um adolescente de 16 anos em Corumbau; uma professora em Mucuri; e ainda dia 05 de 2015, em Prado, um adolescente de 13 anos. “Em todos esses casos poderiam ter mais de uma vítima fatal, já que populares próximos, mesmo sem experiência, tentaram salvar as vítimas”, explica.
Algumas dicas foram destacadas para ajudar em um momento de apuros. “É importante conhecer o local, se é fundo, se tem correnteza, pedras ou madeiras. A pessoa tem que si conhecer, ter certeza que está com o condicionamento em dia, e suas limitações. E o mais importante, só socorrer se dominar a técnica de regaste, caso contrário, jogue uma corda, boia, ou algum objeto flutuante, caso contrário, certamente será mais uma vítima”, alerta.
Normalmente em casos de afogamentos, a vítima consumiu bebida alcoólica, que interfere no condicionamento físico, e na perda dos reflexos, ou excesso de alimento. “O mais viável é seguir o conselho das nossas avós: água no umbigo é sinal de perigo”, finaliza.
Por: Mirian Ferreira/Liberdadenews