Teixeira de Freitas: Nossa equipe de reportagem foi procurada pela família da jovem Dayana Lima Guimarães, na época com 28 anos de idade, que foi morta a tiros no dia 18 de maio de 2010, enquanto lavava a garagem de sua residência, localizada na Rua 18, no Bairro Bonadimam. A mãe da jovem, a senhora Maria Zuleide, nos entregou uma carta, em que carregada de dor, sofrimento e indignação diz:
“Dayana Lima Guimarães, jovem, alegre e de sorriso contagiante em seu rosto, com toda a vida pela frente, mas que teve seu destino marcado por um assassinato cruel e covarde, onde cinco anos se passaram e até hoje um crime sem solução. Esta dor ainda continua muito presente em toda a família e amigos. Enfim, e em todas as pessoas que também estão passando pela mesma experiência de perderem seus entes queridos tão covardemente como aconteceu com nossa queria Dayana”.
“Os questionamentos ainda são muito frequentes em nosso meio... “Quem? Por quê? Para que?”. Mas, infelizmente todos sem respostas. Mas esperamos que a justiça possa fazer algo em favor do caso Dayana e de muitos outros casos que necessitam de resposta. Confiantes que Deus é o nosso consolo, nosso refugio. Então, O entregamos todo o controle da situação para que Ele nos dê força e coragem para continuarmos caminhando, mesmo com a dor da perca, mas certos de que a justiça de Deus tarda, mas não falha jamais”, escreveu Dona Zuleide (Mãe).
Além da carta entregue à nossa equipe de reportagem, um outdoor, foi exposto em um local de grande fluxo de veículos e pessoas, em frente ao DETRAN de Teixeira de Freitas, onde além de fotos da jovem os dizeres “5 anos sem Dayana. Um crime cruel e covarde! Queremos Justiça”. Segundo a família, após o crime, um médico, muito conceituado na região, e que teve um relacionamento com a jovem, foi apontado como o principal suspeito, mas que não se houve uma ação, a fim de apurar o caso.
A família relata que esteve com o secretario estadual de segurança pública da Bahia, e que ele particularmente garantiu a família que iria pedir uma atenção maior acerca do caso, que na época causou grande repercussão, pois se tratava de uma vendedora de joias, que foi surpreendida na sua residência, em uma terça-feira, por volta das 19h00, e alvejada por 03 disparos de arma de fogo. Na ocasião apenas o celular da jovem foi levado, o que descarta a suspeita de latrocínio, já que as joias que eram comercializadas pela jovem, ficaram em cima da sua cama, sem qualquer sinal de roubo.
A família disse que esteve por diversas vezes reunida com o coordenador da 8ª COORPIN, Marcus Vinicius, que colheu informações e garantiu empenho em apurar autoria e motivação do crime. Mas até essa triste data, que lembra o crime, nenhuma resposta foi dada à família acerca do crime. Nossa equipe tentará contato com o coordenador da 8ª COORPIN, onde buscará informações sobre o caso. A família garante que não deixaram em momento algum de cobrar respostas das autoridades sobre o crime da jovem, pois as feridas da família e dos amigos, ainda doem e sagram.
Por: Rafael Vedra/Liberdadenews