Teixeira de Freitas: Na noite desta sexta-feira, 22 de maio, logo após a tentativa de homicídio, que vitimou o dono do Posto de Lavagem “Xuá Lava Jato”, localizado em frente à Primeira Igreja Batista (PIBATEF), nossa equipe de reportagem acompanhou uma equipe da Polícia Civil, liderada pelo delegado Manoel Andretta e do DPT, liderada pelo perito Paulo Libório. As equipes se dirigiram até o local do crime, com o objetivo de realizar investigações e buscar vestígios, analisar o modus operandi dos criminosos, de forma a ajudar a polícia a solucionar o crime.
Na referida ação criminosa, Rick Rodrigues Caires, 28 anos de idade, proprietário do citado posto foi baleado enquanto lavava o próprio carro, por dois homens a bordo de uma motocicleta. Rick foi atingido por 05 tiros, sendo 03 nas costas, 02 na virilha. Segundo informações, dois homens encapuzados, cada um com uma arma, adentrou ao posto e começou a atirar contra a vitima, que foi socorrida pelos funcionários do Lava Jato em seu próprio veículo. O Rick passou por cirurgia e seu estado de saúde é estável, embora os tiros tenham atingido a região da artéria femoral e o tórax.
Em entrevista à nossa reportagem, o perito coordenador da 8ª CRPT, Paulo Libório, informou que chegando ao local encontrou um fato muito comum nos locais de crime na Bahia, a falta de preservação da área. Segundo Libório, a cena do crime modificada dificulta muito o trabalho da perícia, além de mascarar e desvirtuar o local da ação violenta. “Desde o momento em que o local do crime é abandonado, modificado ou violado, não existe razão para a perícia criminal. Se busca a materialidade do crime, e não há preservação da cena, não há condições fidedignas de analisar o local a contento”.
Ainda segundo Libório, deve-se preservar o local imediato e mediato. “O local imediato é o local mais próximo ao corpo, e o local mediato o mais afastado. O local mediato seria aqui, todas as vias de acesso ao posto, que percebemos que são quatro vias. Para se fazer uma perícia completa nesta cena de crime, a polícia deveria isolar toda essa área em um raio de no mínimo 100 metros”, explicou o perito. Em entrevista com o delegado responsável, Manoel Andretta, a autoridade policial informou que neste caso, vai aguardar a recuperação da vítima para traçar uma linha de investigação.
“Nosso trabalho de imediato foi comparecer ao local, colher amostras, ouvir testemunhas. Vamos buscar informações sobre a motivação, saber se a vítima estava sendo ameaçada. Em seguida, passaremos os procedimentos para o delegado titular Kleber Gonçalves, que dará continuidade às investigações. Em relação ao local do crime, faço até um apelo às pessoas que de alguma forma se ver envolvidas em locais de crime, que aguardem a chegada da polícia, que ajudem na preservação, pois através do local de crime, que damos inicio às investigações, e o local não deve jamais ser contaminado”, concluiu Andretta.
Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews
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