Teixeira de Freitas: Nossa equipe de reportagem recebeu uma denúncia nesta quarta-feira (17), onde alguns alunos do Centro Territorial de Educação Profissional do Extremo Sul (CETEPES), antigo COLEM, localizado na Rua Beira Vale, no Bairro Jardim Caraipe, alegam que existem há mais de um ano, colchões, camas, cadeiras, armários e mesas dentre outros objetos guardados em local desapropriado [no refeitório].
“Minha indignação é com o descaso, tantos materiais jogados ao relento sem nenhuma preocupação. A direção da escola fica inerte, parece que está fazendo vista grossa para a situação. Enquanto isso tem outras escolas com crianças sentando no chão por falta de carteiras. Senti-me na obrigação de denunciar para que o poder público tome conhecimento e venha tomar providência”, disse um dos denunciantes.
Nossa equipe procurou O NRE (Núcleo Regional de Educação), antiga DIREC 9, e fomos orientados a conversar diretamente com o gestor. Ainda na manhã desta quarta-feira, entrevistamos Jairo Francisco Avelar, diretor da instituição de ensino, e ele confirmou, que de fato desde que receberam este material não conseguiram mandar para o local de destino. Segundo o diretor, trata-se de um material da educação profissional.
“Alguns vieram do MEC e outros da Secretaria de Educação, e inicialmente teriam que ser enviados para Medeiros Neto, para uma escola integral, que ainda não foi aberta, já que não foi feita todas as reformas necessárias. Portanto, não tem como receber essa mercadoria. A pessoa que fez a denúncia tem razão em dizer que o material existe na escola, porem não é verdade que esteja ao relento, se encontra no refeitório, já que é o único espaço que temos hoje para guardar”, explica o diretor.
Ainda, acrescentou que gostaria muito de doar o material que é desnecessário na escola, já que o Estado não tem um depósito na cidade. Hoje tem cerca de 100 camas, 20 mesas, 50 armários, 50 colchões neste local. E este material na medida em que vai precisando é absorvido dentro da instituição, e o restante já tem o destino, que é a cidade vizinha. E por ser um material tombado pelo patrimônio de responsabilidade do gestor não pode ser doado.
“Por ser um patrimônio, este material agora, não pode ser doado para o município, por exemplo, como orienta o denunciante, apenas os materiais mais antigos da escola. Na medida em que for chegando os novos, esses sim, serão doados para escolas do município, e outras escolas do estado”, acrescentou o diretor. Jairo também não deu prazo para resolver o problema, já que não sabe quando esta escola de Medeiros Neto estará pronta para receber todo o material.
Por: Mirian Ferreira/LIberdadenews