Teixeira de Freitas: Desde o último aumento no valor do combustível no Brasil, nossa equipe vem recebendo denúncias, de um possível *Cartel em Teixeira, já que antes era a cidade que tinha a gasolina mais barata, e hoje comprovadamente é a mais cara. Em nossa cidade observamos postos vendendo gasolina em torno de R$ 3,43, a R$ 3,49, sendo que a maioria, cobram o valor de R$ 3,48, o que supõe a combinação nos preços. *Cartel é formado por grupos de empresas independentes que produzem produtos semelhantes e fazem um acordo para dominar o mercado.
Antigamente, a cidades circunvizinhas tinham combustíveis no valor mais alto do que em nossa cidade, e seus moradores vinham abastecer em Teixeira. “Posso garantir, desde o aumento, nunca mais abasteci em Teixeira, viajo toda a região, e sei o preço de todas as cidades. Eu e meus colegas, como temos que viajar muito, só abastecemos o suficiente para chegarmos em outra cidade, e deixamos para completar o resto lá, pois, conseguimos grande economia com isso. Encher o tanque aqui está impossível”, declarou o denunciante que é representante comercial.
Segundo os denunciantes, em Itamaraju a gasolina mais barata custa R$ 3,30, Itanhém R$ 3,25, Itabatã R$ 3,22, Medeiros Neto R$ 3,39, Eunápolis R$ 3,25 e o local mais barato é em Posto da Mata R$ 3,15. Já a cidade do descobrimento, Porto Seguro, era considerada a gasolina mais cara do Brasil, porém, hoje custa R$ 3,33. Ou seja, realmente Teixeira explora seus clientes com preços tão mais altos e abusivos.
“Semana passada abasteci em Posto da Mata, vim para Teixeira passar o final de semana, agora vou trabalhar em Porto Seguro, e vou abastecer em Itamaraju. Com isso, acredito que a cidade perde, mas tenho que pensar em minha situação financeira também, se os donos dos postos não estão preocupados em manter um preço mais acessível, infelizmente não serei mais cliente”, desabafou mais um denunciante.
Nossa equipe conversou por telefone com Carlos Barbosa da Silva, vice-presidente do Sindicato dos Donos de Postos de Combustível. Segundo ele, não existe combinação de preços. “Posso garantir que não existe combinação de preços, e sim, a livre concorrência de mercado, inclusive no site da ANP existe os preços de compra e venda e a média de revenda de cada região. Eles não aceitam preços abusivos, tudo é analisado, a nota fiscal e seus tributos, e com isso nós temos a média, e se passarmos disso somos punidos”, disse Carlos.
Ainda segundo o presidente do sindicato, a ANP têm todo o controle de cada posto, e não permite preços abaixo do mercado. Ou seja, concorrência predatória e nem preços abusivos. “Por isso, não acreditamos que estamos repassando preços abusivos”, explicou Carlos Barbosa.
Por: Mirian Ferreira/Liberdadenews