O Ministério Público também foi favorável à interdição, já que a cadeia vem enfrentando problemas de superlotação, e fragilidade em sua estrutura.
O próprio magistrado fez diversas visitas à cadeia e requereu providências às autoridades, mas não foi atendido.
Em recente inspeção, fiscais da Vigilância Sanitária constataram péssimas condições de higiene, um ambiente que é favorável à propagação de enfermidades.
O juiz estabeleceu prazo de 30 dias, contados a partir da notificação, para a remoção dos detentos para outras delegacias. A desobediência à decisão da Justiça implica em multa diária, por cada detento que for recolhido.
No mês passado, quando em entrevista ao RADAR64 o juiz afirmou que o complexo estava prestes a ser interditado, a chefia da polícia civil e o comando da Polícia Militar tranquilizaram a população, dizendo que os infratores não deixariam de ser detidos, apenas seriam levados para outros municípios.
As delegacias de cidades vizinhas, como Itabela, Itagimirim e até Porto Seguro, também estão sucateadas, sem oferecer condições de acolher presos de outras localidades.
No dia 15 de maio, o secretário de Segurança Pública da Bahia, César Nunes, acompanhado do diretor-geral da Polícia Civil, delegado Joselito Bispo, inspecionaram a cadeia de Eunápolis.
Também ouvido pelo RADAR64, o secretário de segurança pública afirmou que a interdição não seria a melhor solução, mas, se o juiz assim atendesse, eles iriam cumprir a decisão.