Teixeira de Freitas: Nossa equipe de reportagem esteve na tarde desta sexta-feira, 23 de outubro, na sede do Departamento de Polícia Técnica, onde conversou com o coordenador, o perito Paulo Roberto Libório, que falou sobre os boatos que há cerca de uma semana vem sendo discutido, o possível sumiço de bens que estão em posse de mortos que dão entrada ao Instituto Médico Legal. O fato, que já foi motivo de algumas reuniões no DPT voltou à discussão quando familiares de um casal que perdeu a vida em um acidente na BR 101 colocou a honestidade dos funcionários do IML em suspeita.
O coordenador Paulo Libório, que tem décadas de serviços prestados ao Estado, sempre de forma competente e honesta, comentou o caso. Ele falou sobre o real trabalho pericial, e ainda orientou as pessoas, que de alguma forma suspeite de algum furto ou roubo de funcionários, como agir. Segundo o perito, quando acontece um extraordinário (homicídio, acidente) ou até mesmo morte com causas desconhecidas, há uma logística que muitas pessoas não sabem. Por exemplo, quando alguém é vítima de homicídio, o primeiro ato pode ser que o matador leve alguns pertences da vítima.
Seguindo, a logística existente, a pessoa que encontrou a vítima sem vida, podendo ser uma ou mais pessoas, que acionam a Polícia Militar. “A Polícia Militar chega, isola e preserva o local e informa o ocorrido à Polícia Civil. O delegado e investigadores vão até o local, onde inicia os trabalhos e colhe algumas informações passadas à PM, e havendo necessidade de confronto de informações, o delegado aciona o nosso Departamento, que vai ao local realizar os trabalhos periciais no corpo da vítima e no local. Após finalizar os trabalhos, o delegado autoriza a remoção do corpo, remoção que é feita pelos agentes do IML”, disse o perito.
“Então, antes do nosso trabalho, existe uma série de órgãos e pessoas que participam direta ou indiretamente com o processo", explicou o coordenador e perito, que ainda esclareceu: "Em casos de acidentes ou outras causas de morte, existe a possibilidade de participação do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Socorristas do SAMU. Então é preciso entender que o nosso trabalho é sempre a parte final. Mas, acredito na seriedade dos órgãos citados, e principalmente nos nossos funcionários. Mas se existe alguém roubando pertences de mortos isso precisa ser denunciado, por meio de uma ocorrência na Delegacia de Polícia Civil, para que isso seja investigado e, se confirmado o fato o autor, que ele seja preso".
O coordenador disse que erros por quem quer que seja não será encobertado ou amenizado, pois o principal dever de um servidor público é primeiro a honestidade, seguido de educação e respeito. Nossa equipe investigou e nenhuma ocorrência foi registrada sobre os casos, confirmando a tese que tudo foi criação de uma rede de comunicação que usa sempre fofocas e mentiras, para criarem situações para se promoverem, e sempre com interesses políticos.
Por: Rafael Vedra/Liberdadenews